Fila na recepção de hotel em São Paulo: situação crítica (Bia Parreiras/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 19h16.
São Paulo - S ão Paulo é o principal destino no Brasil quando se trata de negócios. As maiores empresas do país têm sede ou representação na capital paulista e o calendário de eventos corporativos garante fluxo intenso de profissionais de março a dezembro. Dos 11,7 milhões de visitantes registrados nos hotéis em São Paulo no ano passado, 10,1 milhões são brasileiros e 1,6 milhão são estrangeiros. O turismo de negócios responde por 60% desse fluxo.
A cidade fechou o ano de 2010 com 70% de ocupação em seus hotéis — a maior taxa da América Latina, ganhando de Rio de Janeiro e Buenos Aires, a capital argentina. Todo esse movimento é benéfico para a cidade na medida em que gera empregos e receita para diversos setores. Porém, na maior parte do ano, está se tornando difícil para o profissional que viaja a negócios encontrar hospedagem na capital paulista.
A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis diz que a oferta de vagas atende à demanda, embora reconheça que há determinadas épocas do ano em que faltam quartos para atender a esse tipo de viajante. “Há semanas que temos grandes eventos ao mesmo tempo. O que precisa ser feito para evitar problemas é um maior planejamento”, diz Bruno Omori, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (Abih-SP).
Se você vai a São Paulo a trabalho, a sugestão é planejar antecipadamente a visita e garantir sua reserva em um hotel na região central da cidade. O São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB) divulga a agenda de eventos da cidade no site visitesaopaulo.com. Consultando o calendário de eventos, fica fácil saber quando os hotéis estarão mais movimentados. “Isso evita contratempos na estadia”, diz Toni Sando, diretor superintendente do SPCVB.
Para os analistas e especialistas no setor, a solução para a alta taxa de ocupação não comprometer os próximos anos é aumentar o número de quartos. Para 2012, segundo dados dos SPCVB, estão previstos em torno de 4 000 novos apartamentos para atender à demanda. O turismo de negócios movimenta na cidade cerca de 9,6 bilhões de reais ao ano em viagens, hospedagem e transportes terrestres e aéreos.
A permanência média é de seis dias para os estrangeiros e de três dias para os brasileiros. Com a expansão do setor do turismo na capital, toda a cadeia sai ganhando. Os novos empreendimentos hoteleiros vão criar mais empregos para o profissional do setor e também para outras profissões interligadas, como concierge, camareira, arrumadeira, garçom, atendente e gerente.
Enquanto a expansão não acontece, o turista que chega à cidade e não encontra uma vaga tem de se resignar com a alternativa de ficar em empreendimentos de cidades próximas e de fácil deslocamento, como Mogi das Cruzes, Itu e a região do ABC.