(Divulgação)
Estagiária de jornalismo
Publicado em 19 de dezembro de 2025 às 10h48.
Aos 17 anos, ela já tinha um passaporte cheio de aprovações. Dez cartas de aceitação, todas de universidades internacionais, chegaram antes mesmo do fim do Ensino Médio. A protagonista dessa jornada é Luiza França, aluna da unidade Vila Olímpia da Lumiar School, em São Paulo.
Em vez de seguir um caminho escolar tradicional, marcado por apostilas e provas, a jovem construiu uma trajetória baseada em investigação, projetos autorais e vivências práticas. Um percurso que reflete um modelo pedagógico inovador, centrado na autonomia e na curiosidade dos estudantes.
Essa abordagem, adotada pela escola, busca estimular o estudante a se entender como protagonista do próprio processo de aprendizagem, desenvolvendo habilidades que vão além do conteúdo acadêmico.
“A ideia era ter uma escola em que o aluno tivesse mais protagonismo, mais interesse pelo processo de aprender e, com isso, traria mais significado para o que estava vivendo”, afirmou Osmar Junior, sócio da Lumiar School.
Luiza chegou à Lumiar aos 15 anos, no primeiro ano do Ensino Médio, e logo deixou claro que seu objetivo seria estudar fora do Brasil. Em vez de seguir um cronograma engessado, a escola estruturou, junto a ela, um projeto de vida que unia disciplinas obrigatórias à construção de um portfólio sólido, com base em interesses pessoais e desafios reais.
Nos processos seletivos internacionais, contar apenas com boas notas não é suficiente. É preciso apresentar um dossiê robusto, que inclua cartas de recomendação, projetos autorais, atuação em causas sociais, prática de esportes e, em muitos casos, entrevistas que avaliam a capacidade argumentativa e o pensamento crítico dos candidatos.
“Lá fora, você precisa mostrar muito mais do que um boletim. Eles querem saber quem é você, o que você pensa, como você age na sociedade”, explicou o diretor.
Para dar conta dessas exigências, o modelo da Lumiar oferece uma rede de apoio composta por tutores e mestres. Enquanto os mestres são especialistas em áreas do conhecimento, os tutores acompanham de perto a jornada dos alunos, com foco em orientação individualizada. Foi esse acompanhamento que ajudou Luiza a personalizar seu plano de estudos e construir um currículo com identidade própria.
“A gente consegue atender quando o aluno tem uma demanda diferente. No caso da Luiza, desde o início ela deixou claro que queria estudar fora, e montamos esse plano juntos”, destacou Osmar.
A Lumiar School atua em seis cidades brasileiras e adota um currículo que segue a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), mas de forma nada convencional. O diferencial está em como o conteúdo é apresentado e vivenciado.
Em vez de aulas expositivas centradas no professor, os alunos participam de discussões diárias, escolhem temas para investigação, criam projetos com base em problemas do cotidiano e são incentivados a encontrar soluções práticas.

(Reprodução/Lumiar School)
Essa proposta não se restringe a estudantes com planos internacionais. Todos os alunos são convidados a exercitar autonomia, protagonismo e argumentação desde os primeiros anos. Em um dos exemplos citados por Osmar Júnior, um grupo decidiu estudar “a linguagem dos cachorros”, um projeto que, mesmo inusitado, abriu espaço para discussões sobre entonação, linguagem corporal e comunicação oral, conectando o interesse genuíno das crianças a conteúdos exigidos pela BNCC.
A metodologia se ancora em três pilares, como projetos autorais, participação ativa e conexão com o mundo real. Essa estrutura dá liberdade para o aluno ser criador do próprio percurso, ao mesmo tempo que garante a formação acadêmica exigida para qualquer processo seletivo, seja nacional ou internacional.
Enquanto muitos modelos escolares focam exclusivamente nos exames nacionais, como Enem e vestibulares, a Lumiar resolveu apostar na formação integral e personalizada, capaz de abrir portas no Brasil e fora dele.
Isso exige um nível de dedicação diferente também por parte da escola, para entender editais, respeitar prazos distintos, orientar na produção de documentos, cartas e projetos, tarefa que a equipe pedagógica abraçou ao lado de Luiza.
“Para cada universidade que ela prestou, tivemos que fazer um trabalho individual de leitura de edital, compreensão dos critérios e organização dos prazos. O tutor esteve com ela o tempo todo”, afirmou o diretor.
A aprovação em universidades internacionais, segundo Osmar, não foi um episódio isolado. A escola já coleciona casos de alunos aceitos em instituições estrangeiras, assim como aprovações em grandes universidades públicas brasileiras, como USP, Unesp e Unicamp. O ponto central está na capacidade da escola de adaptar a jornada de aprendizado à vocação de cada estudante, seja ela local ou global.
Entre as dez universidades internacionais para as quais foi aceita, Luiza ainda avalia com cuidado qual será seu próximo passo. O leque de oportunidades é amplo, reflexo direto de uma formação que extrapolou as paredes da sala de aula e a preparou não apenas para o vestibular, mas para o mundo.
Independentemente da escolha, leva consigo uma bagagem rara: um repertório construído com propósito, criatividade, pensamento crítico, fluência em múltiplas linguagens e experiências reais de aprendizagem. Não apenas aprendeu conteúdos, aprendeu a aprender, a investigar, a se posicionar, a colaborar. Habilidades que farão diferença em qualquer parte do mundo.
“Seguimos evoluindo com consistência e propósito, sem abrir mão do sentido, da humanidade e da formação integral”, afirma Gabriela Nunes, diretora geral da Lumiar.
Quando o aprendizado faz sentido de verdade, os resultados falam por si.