Google (AFP)
Redatora
Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 11h55.
Não é mais possível escalar uma carreira de liderança sem dominar uma habilidade muitas vezes subestimada, a capacidade de dar feedback com clareza e objetividade. Segundo Brian Glaser, diretor de aprendizagem do Google, essa é uma das competências mais negligenciadas entre gestores de todos os níveis.
Glaser lidera programas de integração, desenvolvimento e formação de líderes que impactam mais de 150 mil funcionários em todo o mundo.
Com duas décadas de experiência em cargos de gestão, ele afirma que muitos líderes evitam conversas difíceis para manter a simpatia da equipe. O custo disso é que as equipes que não recebem críticas construtivas estagnam, repetem erros e não atingem seu potencial. As informações foram retiradas da CNBC Make It.
“O objetivo principal de um líder não é ser querido, é ser respeitado”, afirma Glaser. E o respeito vem da confiança, construída a partir de uma comunicação honesta. Isso vale, principalmente, para quem está começando a liderar, seja após uma promoção ou na gestão de ex-colegas.
A tentação de evitar conflitos em nome da harmonia pode parecer nobre, mas segundo Glaser, isso cria um ambiente onde o desempenho não é confrontado, os erros se repetem e o time não evolui. A ausência de feedback torna os líderes invisíveis no que mais importa: sua capacidade de guiar a equipe em direção a resultados melhores.
Para ilustrar o poder do feedback, Glaser cita a psicologia esportiva. Segundo ele, os melhores atletas são moldados não apenas pelo talento, mas pela constância do retorno técnico que recebem.
Essa prática, de oferecer retorno imediato e preciso, é o que alimenta a performance contínua. Profissionais de alta performance não só aceitam feedback — eles o exigem, porque entendem que só assim podem crescer.
Feedback bem dado não é sobre “dar bronca”. É sobre orientar com clareza, sem deixar espaço para mal-entendidos. Um time que sabe o que está indo bem — e o que precisa melhorar — se sente mais confiante para agir, propor e entregar.
O que Glaser defende é simples: não existe alta performance sustentada sem uma cultura de feedback real. Não é algo que acontece apenas em avaliações semestrais, mas uma prática integrada ao dia a dia da liderança.
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