Entrevista de emprego: como falar de seus hobbies?
Especialistas apontam o que esperam dessa pergunta que parece tão fácil de responder
Da Redação
Publicado em 8 de dezembro de 2011 às 12h04.
São Paulo- Gosto de ir ao cinema, sair com amigos e de ler livros. É com esse discurso sonolento e previsível que você responde ao entrevistador quando indagado sobre seus passatempos em uma entrevista de emprego? Talvez você esteja subestimando essa pergunta, que dependendo do cargo disputado, pode ter um peso maior do que o esperado.
“É o momento que você tem para falar de você mesmo sem ser chamado de arrogante e ainda assim muita gente não fala”, brinca Fernando Paiva, headhunter e gerente da área de expertise de Accountancy & Finance da Hays em Campinas. O especialista acrescenta que a maioria dos entrevistadores recorre a essa pergunta para complementar a impressão da entrevista e descobrir outros aspectos do profissional.
José Augusto Figueiredo, COO da DBM na América Latina instrui aos candidatos encararem a entrevista de emprego como um processo de “sedução”. O entrevistado precisa “conquistar” a pessoa do outro lado tanto com suas competências técnicas quanto com o seu perfil pessoal.
Confira abaixo dicas de especialistas em recrutamento que podem ajudar você a se destacar ao explorar este território.
Preparação
É necessário que você se conheça bem para poder mostrar ao recrutador suas competências, interesses e ambições. E essa dica vale não só para essa pergunta, mas para todo o processo da entrevista. Por isso, segundo Paiva, a chave é a autoanálise.
“Não faz sentido o outro ouvir que eu não faço nada nas minhas horas vagas”, ressalta Figueiredo. O especialista pede ao profissional que ao se preparar para a entrevista, dedique um momento para pensar em atividades que gosta de fazer.
Seja sincero
“Às vezes o profissional até diz que faz uma atividade que na realidade não faz. Não adianta adequar as respostas porque em alguma etapa do processo ele vai se complicar”, alerta Fernanda Campos, sócia diretora da Mariaca.
“Às vezes o padrão de vida que esse profissional leva pode não estar de acordo com o perfil da empresa. Ele pode ser muito requintado e a empresa ser o inverso”, diz Paiva. De acordo com o headhunter o ideal é ser o mais transparente possível, pois muitas funções não necessitam somente do lado técnico, muitas vezes o lado pessoal pesa na avaliação. Para o cargo de gestor, por exemplo, o candidato tem que ser uma pessoa que esteja no mesmo clima da equipe.
Postura
Segundo os especialistas, como essa pergunta abre espaço para se falar de coisas mais pessoais, alguns candidatos cometem deslizes. “‘Adoro um happy hour’ pode não ser uma boa resposta. Se houver alguma coincidência de gosto entre o profissional e o entrevistador, tenha bom senso e mantenha a postura”, ensina Fernanda.
Paiva ressalta que o tema do futebol, por exemplo, aumenta a possibilidade de gerar discórdia na entrevista. Ele recomenda calma e foco, para que a resposta não fique prolixa.
Desenvolva a resposta
Devo responder que gosto de pagode e que odeio filmes alternativos? Os especialistas afirmam que quando o entrevistador pede exemplos, ele está preocupado em como você articula a resposta e não no conteúdo pessoal. Os entrevistadores querem medir o nível de sociabilidade do candidato e para eles o mais importante é o candidato passar detalhes.
“’Eu jogo tênis porque gosto de descarregar as minhas energias e encontrar com meus amigos’ é melhor do que só ‘gosto de jogar tênis’”, diz Paiva. Segundo o headhunter, muitos entrevistadores fazem essa pergunta para descobrir outras coisas, no sentido o que o profissional faz na vida dele, os valores do profissional, se é mais voltado para a família ou se é mais individualista. Sinais de que só gosta de trabalhar podem ser percebidos nessa pergunta.
Para Figueiredo, mesmo atividades consideradas mais solitárias, como ler livros, podem ser desenvolvidas para ganhar pontos na entrevista. “O profissional pode falar como ele aproveita o conhecimento obtido com a leitura e ajuda os outros ou aplica no seu dia a dia”, completa.
Para Fernanda, um candidato que pratica esportes demonstra que é uma pessoa que se preocupa com o bem estar. O futebol, por exemplo, é um esporte que traz muita garra, demonstra trabalho em equipe. “O recrutador quer provocar no executivo uma resposta que ele possa entender como ele se comporta em eventos sociais, se tem uma vida social e se pratica atividades físicas”, explica a diretora.
São Paulo- Gosto de ir ao cinema, sair com amigos e de ler livros. É com esse discurso sonolento e previsível que você responde ao entrevistador quando indagado sobre seus passatempos em uma entrevista de emprego? Talvez você esteja subestimando essa pergunta, que dependendo do cargo disputado, pode ter um peso maior do que o esperado.
“É o momento que você tem para falar de você mesmo sem ser chamado de arrogante e ainda assim muita gente não fala”, brinca Fernando Paiva, headhunter e gerente da área de expertise de Accountancy & Finance da Hays em Campinas. O especialista acrescenta que a maioria dos entrevistadores recorre a essa pergunta para complementar a impressão da entrevista e descobrir outros aspectos do profissional.
José Augusto Figueiredo, COO da DBM na América Latina instrui aos candidatos encararem a entrevista de emprego como um processo de “sedução”. O entrevistado precisa “conquistar” a pessoa do outro lado tanto com suas competências técnicas quanto com o seu perfil pessoal.
Confira abaixo dicas de especialistas em recrutamento que podem ajudar você a se destacar ao explorar este território.
Preparação
É necessário que você se conheça bem para poder mostrar ao recrutador suas competências, interesses e ambições. E essa dica vale não só para essa pergunta, mas para todo o processo da entrevista. Por isso, segundo Paiva, a chave é a autoanálise.
“Não faz sentido o outro ouvir que eu não faço nada nas minhas horas vagas”, ressalta Figueiredo. O especialista pede ao profissional que ao se preparar para a entrevista, dedique um momento para pensar em atividades que gosta de fazer.
Seja sincero
“Às vezes o profissional até diz que faz uma atividade que na realidade não faz. Não adianta adequar as respostas porque em alguma etapa do processo ele vai se complicar”, alerta Fernanda Campos, sócia diretora da Mariaca.
“Às vezes o padrão de vida que esse profissional leva pode não estar de acordo com o perfil da empresa. Ele pode ser muito requintado e a empresa ser o inverso”, diz Paiva. De acordo com o headhunter o ideal é ser o mais transparente possível, pois muitas funções não necessitam somente do lado técnico, muitas vezes o lado pessoal pesa na avaliação. Para o cargo de gestor, por exemplo, o candidato tem que ser uma pessoa que esteja no mesmo clima da equipe.
Postura
Segundo os especialistas, como essa pergunta abre espaço para se falar de coisas mais pessoais, alguns candidatos cometem deslizes. “‘Adoro um happy hour’ pode não ser uma boa resposta. Se houver alguma coincidência de gosto entre o profissional e o entrevistador, tenha bom senso e mantenha a postura”, ensina Fernanda.
Paiva ressalta que o tema do futebol, por exemplo, aumenta a possibilidade de gerar discórdia na entrevista. Ele recomenda calma e foco, para que a resposta não fique prolixa.
Desenvolva a resposta
Devo responder que gosto de pagode e que odeio filmes alternativos? Os especialistas afirmam que quando o entrevistador pede exemplos, ele está preocupado em como você articula a resposta e não no conteúdo pessoal. Os entrevistadores querem medir o nível de sociabilidade do candidato e para eles o mais importante é o candidato passar detalhes.
“’Eu jogo tênis porque gosto de descarregar as minhas energias e encontrar com meus amigos’ é melhor do que só ‘gosto de jogar tênis’”, diz Paiva. Segundo o headhunter, muitos entrevistadores fazem essa pergunta para descobrir outras coisas, no sentido o que o profissional faz na vida dele, os valores do profissional, se é mais voltado para a família ou se é mais individualista. Sinais de que só gosta de trabalhar podem ser percebidos nessa pergunta.
Para Figueiredo, mesmo atividades consideradas mais solitárias, como ler livros, podem ser desenvolvidas para ganhar pontos na entrevista. “O profissional pode falar como ele aproveita o conhecimento obtido com a leitura e ajuda os outros ou aplica no seu dia a dia”, completa.
Para Fernanda, um candidato que pratica esportes demonstra que é uma pessoa que se preocupa com o bem estar. O futebol, por exemplo, é um esporte que traz muita garra, demonstra trabalho em equipe. “O recrutador quer provocar no executivo uma resposta que ele possa entender como ele se comporta em eventos sociais, se tem uma vida social e se pratica atividades físicas”, explica a diretora.