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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h32.
O que faz um engenheiro aeronáutico num fundo de investimentos? Ao contrário das ciências exatas, nem sempre existe lógica no mundo dos negócios. Eduardo Farhat saiu do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) para a consultoria McKinsey. "Sair de Piracicaba, onde passei a infância, foi uma das três grandes oportunidades bem aproveitadas da minha vida" , diz.
"A segunda foi a chance de fazer MBA custeado pela McKinsey." O engenheiro estudou no Insead, na França, não sem antes se preparar por dois anos juntando dinheiro para gastos pessoais. De lá, foi para Estocolmo, onde ficou durante um ano e meio e conheceu sua esposa, Therese. Voltou ao Brasil para trabalhar na Vicunha. Foi a terceira oportunidade: "Conhecer o mundo além da McKinsey" , nas palavras dele. Farhat saiu da Vicunha em 1999 para montar um fundo de private equity, mas acabou aceitando o convite de um ex-colega para fazer parte da diretoria do Southern Cross, um fundo de investimentos já estabelecido. "Não estaria fazendo melhor sozinho" , diz Farhat, que preza e cuida muito de sua rede de contatos. Graças a ela, que inclui visitas anuais ao mentor Salim Ibrahim, ex-CEO da DuPont Lycra, respeitadíssimo no mundo das confecções, Farhat saiu dos aviões para os fundos. Não existe lógica nos negócios. Existe, sim, na rede de contatos.