As mudanças na direção do grupo DaimlerChrysler continuam. Após o anúncio, no final de julho, de que o presidente-executivo, Juergen Schrempp, permanecerá na empresa somente até dezembro, agora é o presidente da Mercedes, Eckhard Cordes, quem pediu demissão. Cordes deixará a montadora no final de agosto. Suas funções serão assumidas por Dieter Zetsche, já nomeado para substituir Schrempp a partir de 1º de janeiro de 2006.

No curto prazo, a saída de Cordes significa um revés para os planos de recuperação da Mercedes. No primeiro trimestre, por exemplo, a companhia registrou seu primeiro prejuízo em dez anos. Considerada a principal empresa do grupo DaimlerChrysler, o mau resultado também contribuiu para a saída de Schrempp.

Segundo o americano The Wall Street Journal, Cordes era um colaborador muito próximo de Schrempp e, por isso, era tido como um candidato natural para ocupar a presidência-executiva da DaimlerChrysler. Cordes atuou na montadora por 29 anos e pessoas próximas a ele afirmam que o executivo almejava, há bastante tempo, ser promovido a CEO. Sua saída foi decidida logo após o anúncio de que Zetsche assumiria o comando do grupo, o que frustrou seus planos.

Zetsche não informou por quanto tempo se dividirá entre as operações do grupo e da Mercedes. Um porta-voz da empresa, contudo, afirmou que é provável que isso continue mesmo após janeiro.