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É hora de ser racional com o seu dinheiro

Em momentos de aperto financeiro como o atual é ainda mais importante tentar compreender o mercado para evitar más decisões com o dinheiro

Aperto financeiro: o momento econômico pede racionalidade para evitar más decisões (Pedro Hamdan)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2015 às 14h08.

É natural do ser humano propor e desejar mudanças, mas dificilmente conseguir colocá-las em ação. Em alguns campos de estudo, esse processo é chamado de irracionalidade. De fato, a ausência de lógica ou de guia racional está presente na maior parte das decisões.

O próprio fator temporal já implica fortes influências sobre as análises realizadas. Quando um time de futebol ganha três jogos seguidos, por exemplo, independentemente de sua trajetória anterior, ele é considerado um dos melhores do campeonato, enquanto, se sofre três derrotas, gera irritação na torcida e pedidos para que o técnico seja demitido.

Efeitos similares ocorrem no campo econômico. Fatores externos e não explicáveis podem interferir consideravelmente nas escolhas de investimento de cada indivíduo, e é esse um dos campos bastante pesquisados por estudiosos da linha conhecida como economia comportamental.

De acordo com especialistas dessa área, é essencial que a educação financeira faça parte do cotidiano, não somente para que se torne viável a obtenção de melhores retornos para o capital mas também para que haja maior precaução e menor temor em momentos de instabilidade.

Monitorar gastos, cortar despesas desnecessárias e investir testando diferentes modalidades de aplicação financeira, para ver quais são mais rentáveis dentro de um nível de risco adequado, é fundamental para o aumento da racionalidade ao longo do tempo. Esse aprendizado possibilita maior tranquilidade, mesmo durante a tempestade.

Em momentos de aperto financeiro como o atual, é ainda mais importante estar preparado e compreender as oscilações do mercado para não cometer erros como os da crise de 2008. Naquele momento, mesmo diante de um cenário econômico adverso, muitos investidores que não contavam com a inteligência econômica acabaram escolhendo rumos bastante prejudiciais, como adquirir imóveis sem ter condição de pagá-los, o que causou uma enorme inadimplência.

A questão da educação financeira não deve se restringir exclusivamente a profissionais ou ao ensino acadêmico regular, mas estender-se à compreensão cotidiana da forma como se deve lidar com o dinheiro e de como empregá-lo de maneira mais eficiente e, consequentemente, mais duradoura.

* SAMY DANA é professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, Ph.D. em administração e negócios e autor dos livros 10x sem Juros, em coautoria com Marcos Cordeiro Pires, e Como Passar de Devedor para Investidor, com Fabio Sousa

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É natural do ser humano propor e desejar mudanças, mas dificilmente conseguir colocá-las em ação. Em alguns campos de estudo, esse processo é chamado de irracionalidade. De fato, a ausência de lógica ou de guia racional está presente na maior parte das decisões.

O próprio fator temporal já implica fortes influências sobre as análises realizadas. Quando um time de futebol ganha três jogos seguidos, por exemplo, independentemente de sua trajetória anterior, ele é considerado um dos melhores do campeonato, enquanto, se sofre três derrotas, gera irritação na torcida e pedidos para que o técnico seja demitido.

Efeitos similares ocorrem no campo econômico. Fatores externos e não explicáveis podem interferir consideravelmente nas escolhas de investimento de cada indivíduo, e é esse um dos campos bastante pesquisados por estudiosos da linha conhecida como economia comportamental.

De acordo com especialistas dessa área, é essencial que a educação financeira faça parte do cotidiano, não somente para que se torne viável a obtenção de melhores retornos para o capital mas também para que haja maior precaução e menor temor em momentos de instabilidade.

Monitorar gastos, cortar despesas desnecessárias e investir testando diferentes modalidades de aplicação financeira, para ver quais são mais rentáveis dentro de um nível de risco adequado, é fundamental para o aumento da racionalidade ao longo do tempo. Esse aprendizado possibilita maior tranquilidade, mesmo durante a tempestade.

Em momentos de aperto financeiro como o atual, é ainda mais importante estar preparado e compreender as oscilações do mercado para não cometer erros como os da crise de 2008. Naquele momento, mesmo diante de um cenário econômico adverso, muitos investidores que não contavam com a inteligência econômica acabaram escolhendo rumos bastante prejudiciais, como adquirir imóveis sem ter condição de pagá-los, o que causou uma enorme inadimplência.

A questão da educação financeira não deve se restringir exclusivamente a profissionais ou ao ensino acadêmico regular, mas estender-se à compreensão cotidiana da forma como se deve lidar com o dinheiro e de como empregá-lo de maneira mais eficiente e, consequentemente, mais duradoura.

* SAMY DANA é professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, Ph.D. em administração e negócios e autor dos livros 10x sem Juros, em coautoria com Marcos Cordeiro Pires, e Como Passar de Devedor para Investidor, com Fabio Sousa
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