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Dívidas afetam sua produtividade no trabalho

Um estudo recente mostra que profissionais endividados são mais ansiosos, estressados e têm dificuldade de concentração

Segundo levantamento feito em 2012 na Inglaterra, devedores apresentam um grande risco de perder o controle sobre a ansiedade e o estresse (StockXchng/Rajesh Sundaram)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2013 às 18h55.

São Paulo - Todo devedor apresenta algum comportamento fora do padrão. Uns sorriem demais, outros vivem calados e alguns gritam a plenos pulmões em qualquer oportunidade.

Segundo levantamento feito em 2012 por John Gathergood, da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, analisando a saúde mental e financeira de aproximadamente 10.000 pessoas, devedores apresentam um grande risco de perder o controle sobre a ansiedade e o estresse.

Ainda de acordo com a pesquisa, outros efeitos, como aumento do constrangimento diante dos colegas, insônia e desenvolvimento de fobias, também atingem os endividados com maior facilidade, reduzindo seu contato social e sua capacidade de concentração.

Como uma espécie de frustração, a dívida dificulta o avanço pessoal e, claro, o profissional também. Os sentimentos de incapacidade e impotência com o acúmulo de despesas acabam por limitar o desempenho e podem resultar, muitas vezes, em casos de depressão.

E as instituições financeiras não deixam barato. Qualquer dívida segue a máxima do "Aqui se faz, aqui se paga", e no Brasil se paga muito caro graças às adoráveis taxas de juro cobradas nas mais diversas modalidades, que podem chegar a quase 200% ao ano — em outros países nos quais a máxima capitalista também é válida, como os Estados Unidos, os juros ficam próximos a 30% ao ano no cartão de crédito.

Como consequência, adquire-se uma infeliz série de prejuízos para a vida pessoal e para relacionamentos. Mas não é somente em casa ou entre os amigos que há instabilidade — a carreira profissional também é extremamente afetada.

Um trabalhador com estado emocional debilitado tem baixo retorno e se torna cada vez menos interessante para o empregador. No entanto, não se pode descartá-lo como uma mercadoria, mas sim buscar contribuir para a solução dos problemas.

Um bom início pode ser o incentivo da companhia à educação financeira dos funcionários por meio de programas de controle sobre os gastos e acompanhamento psicológico, como muitas empresas já vêm fazendo. Dessa forma, a saúde mental poderá começar a voltar ao positivo e o saldo bancário também.

Se você está com problemas para equilibrar seu orçamento , procure ajuda antes que as despesas se tornem uma dor de cabeça na sua vida, prejudicando até mesmo seu trabalho.

Samy Dana é professor da Escola de Economia de São Paulo da Funação Getulio Vargas, Ph.D. em administração e negócios e Autor dos livros 10x sem juros, em coautoria com Marcos Cordeiro Pires, e Como passar de devedor para Investidor, com Fabio Sous

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Ainda de acordo com a pesquisa, outros efeitos, como aumento do constrangimento diante dos colegas, insônia e desenvolvimento de fobias, também atingem os endividados com maior facilidade, reduzindo seu contato social e sua capacidade de concentração.

Como uma espécie de frustração, a dívida dificulta o avanço pessoal e, claro, o profissional também. Os sentimentos de incapacidade e impotência com o acúmulo de despesas acabam por limitar o desempenho e podem resultar, muitas vezes, em casos de depressão.

E as instituições financeiras não deixam barato. Qualquer dívida segue a máxima do "Aqui se faz, aqui se paga", e no Brasil se paga muito caro graças às adoráveis taxas de juro cobradas nas mais diversas modalidades, que podem chegar a quase 200% ao ano — em outros países nos quais a máxima capitalista também é válida, como os Estados Unidos, os juros ficam próximos a 30% ao ano no cartão de crédito.

Como consequência, adquire-se uma infeliz série de prejuízos para a vida pessoal e para relacionamentos. Mas não é somente em casa ou entre os amigos que há instabilidade — a carreira profissional também é extremamente afetada.

Um trabalhador com estado emocional debilitado tem baixo retorno e se torna cada vez menos interessante para o empregador. No entanto, não se pode descartá-lo como uma mercadoria, mas sim buscar contribuir para a solução dos problemas.

Um bom início pode ser o incentivo da companhia à educação financeira dos funcionários por meio de programas de controle sobre os gastos e acompanhamento psicológico, como muitas empresas já vêm fazendo. Dessa forma, a saúde mental poderá começar a voltar ao positivo e o saldo bancário também.

Se você está com problemas para equilibrar seu orçamento , procure ajuda antes que as despesas se tornem uma dor de cabeça na sua vida, prejudicando até mesmo seu trabalho.

Samy Dana é professor da Escola de Economia de São Paulo da Funação Getulio Vargas, Ph.D. em administração e negócios e Autor dos livros 10x sem juros, em coautoria com Marcos Cordeiro Pires, e Como passar de devedor para Investidor, com Fabio Sous

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