Calculadora (SXC)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 11h48.
São Paulo - Com a queda na taxa básica de juro nos últimos anos, o aumento da competitividade do setor de crédito e uma mãozinha do governo na parte regulatória, ficou mais fácil renegociar os custos de suas dívidas. Uma opção para isso é a portabilidade.
A operação consiste na transferência das dívidas contraídas em empréstimos e financiamentos de uma instituição financeira para outra. A portabilidade pode ser uma boa opção para quem deseja sair do vermelho.
No caso de dois bancos, A e B por exemplo, com financiamento de 10.000 reais em 24 meses e taxas de juro de 5% e 4% ao mês, respectivamente, a economia é considerável.
A parcela mensal do banco A fica em 725 reais, ante 656 reais na instituição B. No total, as dívidas ficam, respectivamente, em 17.393 reais e 15.740 reais, representando uma economia de 1.652 reais para o cidadão que optar pela portabilidade, o que significa quase 10% de diferença.
A transação só vale a pena nos casos em que a operação não é acompanhada de nenhuma taxa adicional ou vinculada à aquisição de uma nova cesta de produtos bancários. Caso isso aconteça, você deve incluir o valor adicional antes de migrar seu crédito.
Esse aspecto parece trivial, mas nem sempre é mencionado pelo gerente do banco. Como efeito, é comum o cliente descobrir que fez um mau negócio a posteriori. E aí, dá-lhe reclamação.
Em setembro, um levantamento da Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor apontou que as instituições bancárias ficaram em terceiro lugar no ranking das organizações que mais tiveram reclamações no país.
É claro que as queixas não são motivadas apenas por casos de portabilidade malsucedidos. Antes de entrar com o pedido de portabilidade perante o novo credor, tente negociar a dívida na própria instituição à qual está vinculado, buscando modalidades mais baratas, como o crédito consignado ou mesmo o crédito direto ao consumidor (CDC).
No caso do crédito consignado, as parcelas são descontadas diretamente no salário do cliente, o que representa menor risco de inadimplência e, automaticamente, redução dos juros. Já o CDC também oferece juros menores porque o próprio bem adquirido serve como garantia na operação.
Caso a melhor opção seja transferir a dívida, certifque-se de que a soma do valor da parcela e dos custos de eventuais produtos "oferecidos", como seguros, não sairá mais caro do que as atuais parcelas.