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Harvard está caro? Há alternativas de MBAs

Um MBA no exterior faz diferença no currículo, porém, é para poucos. Mas existem alternativas para ganhar experiência internacional

Campus do IMD, na Suíça: MBA no exterior tem maior impacto na carreira (Divulgação/Divulgação)

Campus do IMD, na Suíça: MBA no exterior tem maior impacto na carreira (Divulgação/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2013 às 19h10.

São Paulo - Os MBAs internacionais são a experiência de educação mais cobiçada (e cara) no mercado de educação executiva. O diploma de uma escola de negócios de renome mundial vai chamar a atenção em qualquer currículo.

Além disso, o curso lá fora indica que a pessoa tem formação sólida e aponta para uma experiência internacional expressiva. Mas chegar lá é complicado. Primeiro, o processo de seleção das universidades é bastante duro.

Normalmente, há a exigência de comprovação de fluência em idioma estrangeiro (Toefl ou Ielts, para inglês, e Dele, para espanhol) e uma prova de conhecimentos de administração, sendo o GMAT a mais famosa delas.

O profissional também precisa enviar uma série de documentos: cartas de recomendação, currículo e ensaios contando suas experiências. Todo esse material deve ser preparado com antecedência e revisado cuidadosamente, já que define as chances de aprovação. 

Estudar fora custa caro. O preço dos cursos varia muito de escola para escola, sendo que os mais caros podem chegar a 60 000 dólares por ano. Somadas hospedagem e alimentação, os valores podem facilmente dobrar. Há opções de bolsas de estudo para quem não tem condições financeiras.

No entanto, há exigências e requer planejamento ainda mais antecipado, de até um ano. Entre as principais entidades que concedem bolsas a brasileiros estão o Consulado Britânico, a Fundación Carolina, o Instituto Ling e a Fundação Estudar. Existem opções de financiamento em bancos vinculados às escolas, mas fique atento aos juros.

O engenheiro Gustavo Queiroz, de 34 anos, executivo da Flora, empresa do grupo JBS-Friboi, está prestes a concluir o Executive MBA de 960 horas na americana Kellogg School of Management. Ele optou por uma modalidade part time, na qual as aulas ocorrem durante uma semana a cada mês, o que o faz viajar com essa frequência para os Estados Unidos.

Além disso, ele tem teleconferências semanais sobre o curso, trabalhos acadêmicos constantes e a exigência de leitura de dois a três livros por bimestre. “Queria estudar, mas não tinha como ficar parado por dois anos”, diz. O curso custa cerca de 350 000 reais, que ele paga integralmente. 

Cada vez mais as escolas brasileiras têm oferecido módulos internacionais em seu programa, principalmente no MBA Executivo. Num tipo de oferta, parte do curso, que pode variar de uma semana até meses, é realizada em instituições estrangeiras. Em outra modalidade, o aluno pode fazer um programa extra no exterior após a conclusão do MBA.


A Coppead, do Rio de Janeiro, por exemplo, oferece para profissionais recém-saídos do MBA Executivo um dual degree, que consiste em um curso de seis semanas com projeto final a ser defendido em uma das três instituições francesas — Audencia-Nantes, Reims ou Rouen-BS — e o certificado International MBA da escola escolhida. 

Também há cursos organizados conjuntamente por escolas internacionais, como o OneMBA, da Fundação Getulio Vargas de São Paulo, que é ministrado em parceria com escolas da Holanda, da China, dos Estados Unidos e do México. O curso é oferecido totalmente em inglês e tem quatro encontros com todos os alunos das escolas parceiras. Mas o custo é alto: 120 000 reais com tudo incluído.

Além disso, há opções de instituições estrangeiras que têm operações no Brasil, como as europeias Iese e IE, e a americana Universidade de Pittsburgh. Algumas delas fazem a ponte para cursos no exterior e outras dão a opção de fazer parte do curso localmente. A principal vantagem desse modelo está em ter uma marca de universidade estrangeira no currículo sem precisar sair do país nem arcar com custos de hospedagem e habitação.

O Iese acaba de lançar um MBA em São Paulo de 700 horas com cinco semanas intensivas (o que significa dedicação de segunda a sexta): três em São Paulo, uma semana em Barcelona, na Espanha, na sede do Iese, e outra no campus de Nova York.

Já a Universidade de Pittsburgh oferece MBA em São Paulo ministrado simultaneamente com o mesmo conteúdo e corpo docente em Pittsburgh, nos Estados Unidos, e Praga, na República Tcheca. Com duração de 16 meses, o curso oferece reuniões nas cidades em que ele é realizado três vezes por ano com todos os alunos  e custa 85 500 reais.

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