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Conheça a Bliive, rede social de troca de conhecimento

Em um ano, a brasileira Lorrana Scarpioni reuniu 60 000 usuários no Bliive, rede virtual de troca de conhecimentos

Lorrana Scarpioni, do Bliive: plataforma de troca de aprendizado (Marcelo Almeida)

Lorrana Scarpioni, do Bliive: plataforma de troca de aprendizado (Marcelo Almeida)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2015 às 16h58.

Em um ano, a plataforma Bliive, que estimula pessoas a trocar conhecimentos, reuniu 60 000 usuá­rios em 100 paí­ses. O site parte da ideia de que as pessoas podem usar suas experiências e seu tempo livre para ensinar e aprender. Alguém que saiba bem inglês, por exemplo, pode trocar 1 hora de conversação por 1 hora de aula de culinária.

Cada minuto de troca de conhecimentos é contabilizado e revertido em moeda virtual, que pode ser usada a qualquer momento. A criadora do Bliive é a brasileira Lorrana Scarpioni, de 24 anos, que vive em Curitiba e é apontada como um dos dez brasileiros mais inovadores pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), centro universitário americano especializado em tecnologia. “Foi como se dissessem que a ideia é muito boa e que agora é minha responsabilidade fazê-la dar certo”, diz Lorrana. 

Ela teve a ideia de criar o Bliive quando se dividia entre as aulas de duas faculdades (direito e relações públicas) e um estágio na Procuradoria-Geral da República — época em que tempo era um de seus recursos mais escassos. Lorrana sempre teve vontade de trabalhar com algo que ajudasse as pessoas.

Ao assistir a algumas palestras do TED, site em que palestrantes compartilham o que sabem em falas curtas, encontrou a inspiração de que precisava para desenvolver o site. “Nunca pensei em empreender tão cedo, mas não me via fazendo carreira de modo tradicional”, afirma Lorrana.

No começo, o investimento veio das próprias economias. As coisas melhoraram em 2014, quando ela inscreveu o Bliive no projeto Sirius, iniciativa do governo britânico que oferece 50 000 libras para empreen­dedores que queiram levar seu negócio para o Reino Unido. Além do dinheiro, as startups que fazem parte do projeto ganham escritório e apoio técnico.

O site foi selecionado, e agora Lorrana e parte de sua equipe estão de mudança para Glasgow, na Escócia, onde trabalharão para expandir o site e torná-lo rentável — como o cadastro dos usuários é gratuito, a estratégia é criar uma plataforma paga para empresas e universidades. “É uma forma de aumentar a colaboração entre as pessoas que estão em instituições”, diz Lorrana.

Os planos são de expansão para Portugal, Reino Unido e Estados Unidos. Isso, claro, vai demandar mão de obra. A startup tem apenas sete funcionários, por enquanto, mas pelo menos dois especialistas em vendas serão contratados nos próximos meses.

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