As provas do concurso do Banco Central serão aplicadas em todas as capitais (Marcelo Casal/Agência Brasil)
Repórter
Publicado em 29 de maio de 2024 às 10h21.
O Banco Central divulgou, nesta quarta-feira, 29, a nova data para o concurso: a prova está prevista para o dia 4 de agosto em todo o país.
Em função da situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, o Banco Central adiou a data do concurso público que seria realizado no próximo dia 19 de maio. A decisão foi tomada após reunião realizada com a Cebraspe, empresa responsável pela organização do certame.
O concurso público do BC oferece 100 vagas para o cargo de Analista, sendo 50 destinadas à área de Tecnologia da Informação e outras 50 para áreas relacionadas à Economia e Finanças, além de mais 200 vagas de cadastro reserva. A remuneração inicial é de R$ 20.924,80.
Diferente do último concurso, que aconteceu em 2013 e contou com vagas para diversos estados, a lotação será em Brasília, mas as provas serão aplicadas em todas as capitais e no Distrito Federal, facilitando o acesso de candidatos de todo o país.
Um ponto de atenção, segundo Anderson Ferreira, coordenador da carreira de controle do Gran, será o método de correção da banca. “Será usado o método Cespe, com duas respostas erradas anulando uma certa, o que vai exigir cautela dos candidatos na hora dos chutes.”
Em relação ao conteúdo, Ferreira chamou a atenção para a parte de conhecimentos básicos, que é comum aos cargos nas duas áreas, e destacou a Língua Portuguesa como uma das matérias mais importantes do concurso, com 25 itens que representam mais de 20% da nota final da prova. O coordenador ainda alertou para a natureza do cargo e explicou porque a disciplina é tão importante.
“O Bacen prioriza um tipo de conhecimento que exige que o profissional seja bom em língua portuguesa, uma vez que o profissional precisa ter boas habilidades de leitura, escrita e interpretação para a criação de relatórios, pareceres e notas técnicas, entre outras tarefas”.
Além de ter mais foco na parte de língua portuguesa, Ferreira indica que o candidato entenda o custo-benefício das matérias em relação à nota para definir sua ordem de prioridade nos estudos. Segundo ele, a parte de Direito Administrativo ainda em conhecimentos básicos, por exemplo, terá apenas 5 questões para um conteúdo relativamente complexo, e por isso pode ser interessante que a disciplina vá para o fim da fila no plano de estudos.
Apesar do edital exigir formação superior em qualquer área, os candidatos vão precisar estudar muito as áreas de Tecnologia da Informação ou Economia e Finanças, já que o concurso vai exigir muitos desses conhecimentos na parte específica.
Ferreira destaca, para o cargo de TI, a disciplina Engenharia de Softwares, que vai ter 24 questões representando mais de 20% da prova, enquanto para o cargo de Economia e Finanças as disciplinas com maior peso na nota são Macroeconomia, com 15 questões, e Finanças, também com 15 itens, representando juntas 30% da nota total da prova.
O professor também alertou que a disciplina Finanças é diferente do que os concurseiros conhecem normalmente como Administração Financeira e Orçamentária (AFO), já que trata sobre mercado de valores e finanças corporativas no geral.
Ainda para o cargo na área de economia, o professor recomenda que o candidato estude noções de contabilidade geral, apesar de não estar no conteúdo programático.
“É necessário um conhecimento prévio geral para depois partir para a parte específica que vai cair na prova na matéria Contabilidade de Instituições Financeiras Padrão COSIF (Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional), que vai contar com 12 questões.”
Ainda segundo o especialista, esse edital veio com algumas diferenças no conteúdo em relação ao último concurso. “Deixaram de fora disciplinas que costumam ser cobradas nos concursos para o órgão, como direito constitucional, sistema financeiro nacional, sistema de pagamentos e língua inglesa”, diz Ferreira.