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Como sobreviver a uma fusão ou aquisição

Especialistas de gestão de carreiras afirmam que calma e planejamento são essenciais nessas situações

É essencial que o profissional observe as mudanças na empresa e avalie que deve ser feito (Ruben Las Palmas/Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2011 às 11h05.

São Paulo – De acordo com o relatório do segundo trimestre de 2011 do Indicador de Fluxo de Negócios da IntraLinks, houve um aumento de 53% no volume de operações de fusão e aquisição no mercado brasileiro. Como lidar com esse tipo de mudança do ponto de vista profissional?

Tudo depende do tipo de fusão e aquisição. Pode ser o caso de uma empresa da área privada contrata ou adquire uma da área pública; ou até mesmo a fusão de duas empresas de culturas muito diferentes, empresas chinesas comprando brasileiras, por exemplo.

Confira abaixo dicas de especialistas sob uma visão geral do assunto:

Calma

Edward Yang, professor de Master em Liderança e Gestão de Pessoas do MBA da FGV-SP considera importante nesse período de transição procurar o RH da empresa ou o superior para conversar. “Tem que saber ouvir e ter paciência acima de tudo para poder compreender e analisar a situação profissional”, explica Yang.

“Esses momentos são tensos, o profissional tem de controlar sua ansiedade para ficar atento nas variáveis que estão sendo modificadas na empresa. Assim, ele poderá se preparar para novos desafios. Afinal ele saiu da zona de conforto e hoje em dia não pode haver acomodação”, completa Wander Pereira da Silva, professor de Gestão de Carreira do Ibmec de Brasília.

Silva ressalta que outra atitude que deve ser tomada é observar se as mudanças na empresa são na cultura organizacional do local ou no modelo de gestão. Dessa maneira o profissional saberá se o que era importante talvez não seja mais e refletirá antes de agir.


Caso aconteça a perda de um posto ou de salário, os professores afirmam que não é recomendável reagir negativamente, por mais difícil que seja aceitar. Os antigos ou novos colegas de trabalho o tratarão como um profissional que é resistente à mudanças e que não sabe lidar com imprevistos.

Planejamento de carreira

“É interessante o profissional ter dois olhares: para dentro da empresa com possíveis oportunidades e para o mercado. A maioria das fusões implicam em demissões e enxugamento de quadros e para não ser pego de surpresa, é bom estar atento”, diz Silva.

De acordo com professor Yang, no plano teórico, dependendo do cargo, o profissional pode ser chamado para trabalhar na matriz, ser demitido ou até mesmo ser transferido para uma área diferente. “Aquele que tiver um planejamento de carreira feito, com certeza estará preparado nessas situações”, diz ele.

Para aqueles que não o têm, Yang explica que depende do que o profissional quer. Se prevê montar um negócio, o professor recomenda que ele coloque em prática e analise o pacote de benefícios da empresa para investir no empreendimento. Se a opção for o outplacement e a empresa não forneceu o serviço, ele sugere o investimento em um bom programa para se recolocar no mercado.

Tudo novo

Ao permanecer na empresa os especialistas dão algumas dicas para que o profissional não se queime durante o período de adaptação. Puxa saquismo, nunca. Segundo o professor Silva, para agradar os novos gestores ou superiores não é necessário agir de forma artificial. A saída é agir com prontidão e competência.

Mais importante do que isso é fazer o dever de casa. Os professores afirmam que, o melhor cartão de visitas nessas situações são relatórios contendo números e informações que resumem qual a sua posição, as suas competências e como o seu trabalho é feito.

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Tudo depende do tipo de fusão e aquisição. Pode ser o caso de uma empresa da área privada contrata ou adquire uma da área pública; ou até mesmo a fusão de duas empresas de culturas muito diferentes, empresas chinesas comprando brasileiras, por exemplo.

Confira abaixo dicas de especialistas sob uma visão geral do assunto:

Calma

Edward Yang, professor de Master em Liderança e Gestão de Pessoas do MBA da FGV-SP considera importante nesse período de transição procurar o RH da empresa ou o superior para conversar. “Tem que saber ouvir e ter paciência acima de tudo para poder compreender e analisar a situação profissional”, explica Yang.

“Esses momentos são tensos, o profissional tem de controlar sua ansiedade para ficar atento nas variáveis que estão sendo modificadas na empresa. Assim, ele poderá se preparar para novos desafios. Afinal ele saiu da zona de conforto e hoje em dia não pode haver acomodação”, completa Wander Pereira da Silva, professor de Gestão de Carreira do Ibmec de Brasília.

Silva ressalta que outra atitude que deve ser tomada é observar se as mudanças na empresa são na cultura organizacional do local ou no modelo de gestão. Dessa maneira o profissional saberá se o que era importante talvez não seja mais e refletirá antes de agir.


Caso aconteça a perda de um posto ou de salário, os professores afirmam que não é recomendável reagir negativamente, por mais difícil que seja aceitar. Os antigos ou novos colegas de trabalho o tratarão como um profissional que é resistente à mudanças e que não sabe lidar com imprevistos.

Planejamento de carreira

“É interessante o profissional ter dois olhares: para dentro da empresa com possíveis oportunidades e para o mercado. A maioria das fusões implicam em demissões e enxugamento de quadros e para não ser pego de surpresa, é bom estar atento”, diz Silva.

De acordo com professor Yang, no plano teórico, dependendo do cargo, o profissional pode ser chamado para trabalhar na matriz, ser demitido ou até mesmo ser transferido para uma área diferente. “Aquele que tiver um planejamento de carreira feito, com certeza estará preparado nessas situações”, diz ele.

Para aqueles que não o têm, Yang explica que depende do que o profissional quer. Se prevê montar um negócio, o professor recomenda que ele coloque em prática e analise o pacote de benefícios da empresa para investir no empreendimento. Se a opção for o outplacement e a empresa não forneceu o serviço, ele sugere o investimento em um bom programa para se recolocar no mercado.

Tudo novo

Ao permanecer na empresa os especialistas dão algumas dicas para que o profissional não se queime durante o período de adaptação. Puxa saquismo, nunca. Segundo o professor Silva, para agradar os novos gestores ou superiores não é necessário agir de forma artificial. A saída é agir com prontidão e competência.

Mais importante do que isso é fazer o dever de casa. Os professores afirmam que, o melhor cartão de visitas nessas situações são relatórios contendo números e informações que resumem qual a sua posição, as suas competências e como o seu trabalho é feito.

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