Como estudar e trabalhar no Canadá, Nova Zelândia e na Austrália
Sonhando em fazer intercâmbio? Confira as regras para estudantes estrangeiros que querem trabalhar também nesses três países
Camila Pati
Publicado em 14 de janeiro de 2018 às 05h00.
Última atualização em 20 de janeiro de 2020 às 12h07.
São Paulo – Países que permitem que estudantes estrangeiros trabalhem têm se destacado como destinos de intercâmbio favoritos pelos brasileiros.
Canadá , Nova Zelândia e Austrália são exemplos de países cujos estrangeiros podem trabalhar caso seus cursos cumpram alguns requisitos, como, duração superior a três meses.
“A maior parte dos destinos procurados pelos estudantes brasileiros exige visto para estudar no país, e cada lugar tem suas regras específicas”, diz Paula Leal, gerente da unidade Global Study de Vitória (ES).
1. Canadá
É permitido o trabalho para estudantes que estejam cursando programas específicos, como o chamado Carrier College, que é comparável a um curso técnico.
“Este modelo combina o ensino teórico das salas de aula com a aprendizagem prática, que acontece através de um estágio ou uma experiência de trabalho em uma empresa parceira da instituição de ensino”, diz Flavio Imamura, que é o fundador da Global Study e diretor da franquia.
Funciona assim: nas primeiras 12 semanas o aluno foca apenas os estudos e, depois, nas próximas 12 semanas faz estágio remunerado. O trabalho é garantido pela escola.
“No entanto, se o intercambista encontrar uma oportunidade enquanto ainda está estudando, neste programa o visto permite trabalho desde o primeiro dia de aula, o que poderá reduzir suas despesas com a viagem”, diz Imamura.
De acordo com a gerente da Global Study de Vitória, o visto de estudante só é necessário para quem vai ficar no país por mais de seis meses. Para cursos de até 24 semanas, o visto é de turista.
O visto de estudante requer o preenchimento de dois formulários, um de residente temporário e um questionário de informações adicionais. Além de fotos, são exigidas ainda cópia da declaração do imposto de renda, extrato bancário e os últimos três holerites, diz Paula. No site de imigração do Canadá é possível ter mais detalhes sobre vistos oferecidos.
2. Nova Zelândia
Estudantes de inglês estrangeiros podem trabalhar por até 20 horas semanais para ajudar a bancar sua vida no país. “Com visto de estudante, brasileiros podem trabalhar, desde que estejam matriculados numa escola selecionada em um curso com tempo superior a 14 semanas”, diz Imamura. Interessado em atrair pessoas qualificadas, o país ainda concede uma série de vantagens para quem decide fazer doutorado por lá. Um deles é que para quem faz mestrado ou doutorado não há limite para o período de trabalho.
Para pedir visto de estudante, os documentos solicitados são passaporte, uma foto recente, o formulário online para visto devidamente preenchido, bem como o formulário de financial undertaking (para comprovar recurso financeiro), assinado pela pessoa que estiver financiando o curso e pelo gerente de seu banco.
“É necessário ainda recibo da escola comprovando pagamento integral do curso, garantia de acomodação com endereço onde o aluno vai ficar hospedado, extratos bancários dos seis meses anteriores à aplicação do visto, imposto de renda e holerite, garantia de seguro viagem e a cópia da passagem aérea (ida e volta)”,explica Imamura. Quem fica por mais de seis meses, precisa ainda de exames médicos.
Para cursos de até três meses, ou seja, menos do que 14 semanas, não é necessário solicitar o visto antes de embarcar. Ao chegar ao país e apresentar os documentos exigidos, será concedido um visto de turismo. Não é permitido trabalhar, nesse caso. No s ite de imigração da Nova Zelândia é possível consultar sobre estes e tipos de visto oferecidos.
3. Austrália
As regras de trabalho são semelhantes às da vizinha Nova Zelândia. Quem faz curso com duração superior a 12 semanas pode pedir o visto de estudante e pode trabalhar até 20 horas semanais. Se o curso for mais curto, o estudante pode pedir o visto de visitante.
O visto de estudante terá validade de acordo com a duração do curso, acrescida de um mês de férias, após o término das aulas.
Ainda no Brasil, ao pedir o visto de estudo para a Austrália é necessário preencher corretamente os formulários exigidos, ter a confirmação da matrícula, ter um seguro saúde, comprovar recursos financeiros para se manter no país, além de comprovar vínculos de retorno ao Brasil. Cursos específicos e universitários requerem ainda a proficiência em inglês. No site de imigração do governo da Austrália, há informações detalhadas sobre os vistos oferecidos.