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Como escolher seu fundo

Você deve focar na qualidade do serviço prestado

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2013 às 13h36.

São Paulo - Fundos de investimento não devem ser entendidos como um produto, mas, sim, como um serviço de investimento. Investir neles não é o mesmo que comprar um terreno barato, uma ação depreciada ou um título público vantajoso.

Ao adquirir cotas de um fundo, você está contratando uma estratégia de alocação e de diversificação, algo que lhe custaria anos de estudo para ser capaz de fazer com competência. Por isso, você paga pelo serviço prestado, sofrendo um desconto na sua rentabilidade.

Portanto, eu pensaria duas vezes antes de contratar fundos que pouco agregam em termos de estratégia, como os Fundos Petrobras ou Fundos DI. A taxa de administração, nesses casos, não é resultado de nenhum serviço diferenciado. Você pode perfeitamente comprar ações da Petrobras abrindo uma conta numa corretora de valores e cuidando para reinvestir os dividendos recebidos.

Por meio da mesma corretora, pode também comprar títulos públicos pós-fixados e obter a rentabilidade da renda fixa pós-fixada a custo menor.

Ao escolher um fundo, atente para o desempenho dele nos últimos 24 ou 36 meses. As melhores estratégias são as mais consistentes. Se você quer investir em um fundo de ações, verifique qual a composição de sua carteira de investimentos. Alguns bancos disponibilizam a composição dos fundos em seus websites, em outros, você deve solicitá-la a seu gerente.

Ao analisar a carteira, verifique se você realmente investiria naquelas empresas. Se sua intuição desconfiar da qualidade dos investimentos, desista.

Um erro comum é diversificar seu capital entre diversos fundos. Uma boa estratégia requer não mais do que quatro ou cinco ativos. Se dispersar demais seu investimento, terá dificuldade para acessar os melhores, que são aqueles que exigem um investimento inicial maior.

Outro erro comum — e grave — é decidir pelo fundo a partir de seu desempenho nos últimos meses. Ganhos intensos convidam a ajustes intensos! O ideal é escolher de acordo com a perspectiva de desempenho, algo que seu gerente ou agente autônomo de investimentos pode fazer com razoável tranquilidade, pois estudou para isso.

Gustavo Cerbasi é consultor financeiro pessoal, sócio-diretor da Cerbasi & Associados Planejamento Financeiro e autor do livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos.

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