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Como são os estágios internacionais na Airbus e na Philips

A empresária júnior e estudante de administração Carolina Michelutti conta sua experiência de estágio internacional na Airbus e na Philips


	Philips: tarefa de reestruturar o programa de coaching para funcionários de dez países diferentes
 (Koen van Weel/AFP)

Philips: tarefa de reestruturar o programa de coaching para funcionários de dez países diferentes (Koen van Weel/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2015 às 15h00.

São Paulo - Empresária júnior e estudante de administração empresarial da Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc), Carolina Michelutti teve a oportunidade de vivenciar duas experiência de estágio internacional em um mesmo ano: trabalhou na Airbus, na França, e na Philips, na Holanda. No relato a seguir, ela traz algumas informações sobre o trabalho realizado e o amadurecimento profissional:

"Depois de me dedicar por três anos ao Movimento Empresa Júnior, em paralelo à minha graduação no curso de Administração Empresarial, da Universidade Estadual de Santa Catarina, decidi buscar um novo desafio que me trouxesse a combinação de desenvolvimento pessoal, profissional e, se possível, cultural: uma experiência de trabalho no exterior. Com essa aventura, tive a certeza de que a formação empreendedora que tive dentro do ambiente universitário foi decisiva para eu alcançar a experiência desejada.

O primeiro ponto que destaco é a iniciativa de tentar e de conseguir energia para participar dos processos seletivos de grandes multinacionais até o fim. Alguns passam por dinâmicas e testes online. Domínio da língua inglesa é fundamental e muito cobrado também. Mas a maior lição que tirei de todos os processos pelos quais passei foi a certeza de que garantir o estudo e preparo para cada etapa é, tão importante quanto, eu me manter fiel a quem eu sou e ao que acredito.

Desde o início eu tive claro os motivos que me fizeram buscar cada vaga, o que esperava, e o que poderia oferecer. Depois de muitas tentativas, acabei recebendo duas oportunidade de trabalho: seis meses na fabricante europeia de aeronaves Airbus, na França, e mais um semestre na Philips, na Holanda.

O segundo ponto que me ajudou a sair da zona de conforto foram as tarefas desenvolvidas em cada empresa, dentro de ambientes cheios de desafios e dificuldades. Na Airbus, pude observar de forma evidente aquilo que aprendemos durante a graduação e na empresa júnior: a compreensão de que toda empresa é um sistema interligado.

Do início da produção de um avião até a sua entrega final ao cliente, há pelo menos quatro países envolvidos no processo, considerando suas particularidades legais, culturais e físicas. É gestão na prática dia após dia. Já na Philips, diante da tarefa de reestruturar o programa de coaching para funcionários de dez países diferentes, eu me lembrava constantemente do mindset de empresário júnior: em toda dificuldade, há espaço para uma oportunidade.

Em ambas experiências, tive muita abertura para sanar todas as minhas dúvidas e curiosidades -apesar das diferenças culturais, de idade e experiência entre mim e os colegas da empresa. Arrisco dizer que o jeito europeu é diferente do jeito brasileiro de trabalhar. A recepção pelo fato de você ser novo no ambiente é mais objetiva, rápida e direta. Por meio de perguntas informais, consegui tutoras que me proporcionaram um crescimento e amadurecimento extra durante os meus estágios, além de me lembrarem a todo momento que sempre há espaço para aprender mais.

Depois dos estágios concluídos, constatei que a formação empreendedora deve ser contínua e devemos estar sempre abertos a buscar novos desafios. Também tive a oportunidade de crescer em várias perspectivas. No quesito convivência com pessoas e culturas diferentes, certifiquei algo que li um dia: “todo mundo é capaz de se relacionar com qualquer pessoa de alguma forma, desde que estejamos abertos a deixar para trás as barreiras superficiais que nos separam”, às quais eu prefiro chamar dos nossos pré-conceitos, ou medos.

Percebi que lidar com a diferença de cultura, língua e ambiente já são situações que por si só tiram qualquer um da zona de conforto. Além disso, certifiquei que quando se trata de oportunidades profissionais, nem tudo depende de networking, e não adianta contar apenas com isso para alcançar o que se espera. Dedicação, compromisso e persistência são fundamentais.

Por falar em persistência, chego ao último aprendizado que destaco de toda a experiência, conselho do meu pai: “quando se trata de alcançar aquilo que se quer de verdade, paciência e perseverança são virtudes que costumam ser recompensadoras”. E de fato, elas são."

Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal de carreiras da Fundação Estudar

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