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Buscando reter talentos, Ambev prioriza treinamento

Em 2012, empresa investiu mais de 32 milhões de reais na Universidade Ambev


	Fábrica da Ambev
 (Marcello Bravo)

Fábrica da Ambev (Marcello Bravo)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2013 às 18h36.

São Paulo (SP) - Para dar conta da maior demanda que a Copa de 2014 deve gerar para seus produtos, a ­Ambev vem anunciando a ampliação de plantas e a construção de novos centros de distribuição e de fábricas, como as obras previstas para 2013 em Minas Gerais e no Paraná.

Os investimentos seguem robustos também na capacitação dos colaboradores. A Universidade Ambev, que concentra o treinamento para todos os níveis, recebeu mais de 32 milhões de reais em 2012, superando os 26,7 milhões de 2011 — valor que, vale dizer, já tinha sido 19% maior do que o de 2010.

Resultado: o ambiente se torna fértil para o crescimento, principalmente de quem ainda tem muito terreno pela frente. É comum ouvir dos jovens que, em dois ou três anos de casa, passaram por quatro, cinco funções. Só no primeiro semestre do ano passado, 2.000 deles foram promovidos à coordenação.

O programa de mentoring para os trainees foi ampliado de um para dois anos, para que cheguem com uma base ainda mais sólida aos cargos de gestão. E a turma vem sendo incentivada a passar adiante o aprendizado. “Quem tem domínio técnico em alguma área pode participar de um programa que forma multiplicadores de conhecimento para ensinar grupos de funcionários”, diz uma jovem.

O problema continua sendo a cobrança para cumprir metas consideradas ambiciosas demais, que acaba levando as equipes a esticar a jornada. “A recompensa vem com as bonificações, mas, como elas estão atreladas ao desempenho da empresa, acontece de trabalharmos no limite e não termos retorno”, diz um jovem.

E isso leva a outra questão levantada pelo grupo, que considera o salário um pouco abaixo do mercado: “No médio prazo, pode levar à evasão de talentos. Como outras empresas também oferecem remuneração variável, os bônus estão deixando de ser diferenciais”, diz um deles. 

Ponto(s) positivo(s) Ponto(s) negativo(s)
Na visão dos jovens, as promoções são justas e a comunicação interna é transparente. A política de portas abertas funciona: sem formalidades, há interação entre chefes
e subordinados.
O programa de bolsas de estudo é considerado restrito, porque há muitos candidatos para poucas vagas. Em alguns departamentos, quem sai no horário é visto como desmotivado.
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