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Brasileiro recebe metade do treinamento de um americano

Profissionais brasileiros participam de 16,6 horas de treinamento por ano. Americanos, de 31,5 horas

Treinamento: crise não zerou investimentos na área mas cursos EAD estão mais modestos (Thinkstock)

Camila Pati

Publicado em 24 de novembro de 2015 às 14h00.

São Paulo – Apesar de os investimentos em treinamento e desenvolvimento profissional ganharem ares mais estratégicos de uns anos para cá entre as empresas brasileiras, ainda estamos muito aquém dos americanos neste quesito. Enquanto um profissional brasileiro recebe 16,6 horas de treinamento por ano, os estadunidenses recebem 31,5 horas nos mesmos 12 meses, de acordo com a pesquisa “O Panorama do Treinamento no Brasil”, que em 2015 completou a 10ª edição.

O investimento também é mais vultoso em solo norte-americano. Por profissional, as empresas brasileiras investem 518 reais em treinamentos anualmente, bem menos do que os 1.208 dólares de investimento médio que os americanos recebem de suas empresas, segundo o mesmo levantamento.

A boa notícia da pesquisa é que a crise não acabou com os investimentos nesta área, como seria natural inferir, já que corte de custos é o tema mais frequente na gestão empresarial brasileira neste momento difícil para a economia.

“Não temos visto isto acontecer. O que ocorre é que os gastos com treinamento e desenvolvimento precisam ser muito bem fundamentados e justificados, sobretudo em tempos de crise, o que está sendo feito”, diz Igor Cozzo, diretor de comunicação da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD).

O levantamento teve a participação de 425 empresas do setor de Treinamento e Desenvolvimento (T&D) e seus resultados serão discutidos nesta semana durante o 30º Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD) 2015, entre os dia 25 e 27 de novembro, em Santos (SP).

E se a crise não zerou o volume de treinamentos feitos pelas empresas no Brasil, ela fez diminuir o investimento em tecnologia para educação corporativa, pelo menos, segundo os dados coletados pela ABTD. “Os cursos na modalidade de educação a distância cresceram 33% em relação ao ano passado, mas estão mais modestos, com 38% das empresas utilizando apostilas”, diz Cozzo.

Em relação aos níveis hierárquicos, são os profissionais que não ocupam cargos de liderança os que mais participam treinamentos. No entanto, são as iniciativas para os líderes que consomem mais recursos das organizações. “As empresas dão uma atenção grande aos treinamentos para gestores porque optam por desenvolver seus líderes internamente em vez de buscar profissionais já prontos no mercado, o que é mais caro”, diz Cozzo.

A seguir veja a tabela com os temas mais frequentes em treinamentos nas empresas brasileiras em 2015.

TreinamentosIndústriaServiçoComércioONGAdministração pública
Operacional, ligado ao produto ou operação do negócio27%32%37%20%43%
Formação técnica19%24%23%33%30%
Obrigatório, de segurança28%13%10%20%8%
Comportamental16%21%19%17%12%
Capacitação para desempenho da atividade10%10%12%10%7%

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São Paulo – Apesar de os investimentos em treinamento e desenvolvimento profissional ganharem ares mais estratégicos de uns anos para cá entre as empresas brasileiras, ainda estamos muito aquém dos americanos neste quesito. Enquanto um profissional brasileiro recebe 16,6 horas de treinamento por ano, os estadunidenses recebem 31,5 horas nos mesmos 12 meses, de acordo com a pesquisa “O Panorama do Treinamento no Brasil”, que em 2015 completou a 10ª edição.

O investimento também é mais vultoso em solo norte-americano. Por profissional, as empresas brasileiras investem 518 reais em treinamentos anualmente, bem menos do que os 1.208 dólares de investimento médio que os americanos recebem de suas empresas, segundo o mesmo levantamento.

A boa notícia da pesquisa é que a crise não acabou com os investimentos nesta área, como seria natural inferir, já que corte de custos é o tema mais frequente na gestão empresarial brasileira neste momento difícil para a economia.

“Não temos visto isto acontecer. O que ocorre é que os gastos com treinamento e desenvolvimento precisam ser muito bem fundamentados e justificados, sobretudo em tempos de crise, o que está sendo feito”, diz Igor Cozzo, diretor de comunicação da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD).

O levantamento teve a participação de 425 empresas do setor de Treinamento e Desenvolvimento (T&D) e seus resultados serão discutidos nesta semana durante o 30º Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD) 2015, entre os dia 25 e 27 de novembro, em Santos (SP).

E se a crise não zerou o volume de treinamentos feitos pelas empresas no Brasil, ela fez diminuir o investimento em tecnologia para educação corporativa, pelo menos, segundo os dados coletados pela ABTD. “Os cursos na modalidade de educação a distância cresceram 33% em relação ao ano passado, mas estão mais modestos, com 38% das empresas utilizando apostilas”, diz Cozzo.

Em relação aos níveis hierárquicos, são os profissionais que não ocupam cargos de liderança os que mais participam treinamentos. No entanto, são as iniciativas para os líderes que consomem mais recursos das organizações. “As empresas dão uma atenção grande aos treinamentos para gestores porque optam por desenvolver seus líderes internamente em vez de buscar profissionais já prontos no mercado, o que é mais caro”, diz Cozzo.

A seguir veja a tabela com os temas mais frequentes em treinamentos nas empresas brasileiras em 2015.

TreinamentosIndústriaServiçoComércioONGAdministração pública
Operacional, ligado ao produto ou operação do negócio27%32%37%20%43%
Formação técnica19%24%23%33%30%
Obrigatório, de segurança28%13%10%20%8%
Comportamental16%21%19%17%12%
Capacitação para desempenho da atividade10%10%12%10%7%
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