Ainda há poucas políticas para inclusão de mulheres e outras "minorias" dentro das empresas (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2011 às 19h28.
São Paulo - Ser atraente é vantagem na hora de conseguir um emprego? Para as mulheres, não: segundo os economistas israelenses Bradley Ruffle e Ze'ev Shtudiner, uma candidata bonita tem mais chance de ser barrada pelos departamentos de recursos humanos. Isso se deve, alegam os pesquisadores, à grande quantidade de jovens mulheres que recrutam candidatos e que, de forma subconsciente, enxergam na pretendente uma nova competidora no ambiente de trabalho.
Os economistas enviaram 2.500 pares de currículos para 2.500 anúncios de emprego. Cada par de currículos continha informações profissionais equivalentes, mas um deles trazia anexada uma foto de mulher ou homem atraente, e o outro ou não tinha foto ou mostrava a imagem de uma pessoa de aparência comum.
Resultado: mulheres atraentes obtiveram apenas 12,8% de respostas, contra 13,6% das mulheres de aparência comum e 16,6% dos currículos de mulheres sem foto. Entre os homens, a boa aparência surgiu como vantagem: 19,7% dos candidatos atraentes obtiveram resposta, contra 13,7% dos currículos sem foto e apenas 9,2% dos homens de aparência comum.
Ao relacionar o desequilíbrio das respostas ao perfil do recrutador, os pesquisadores apontam que 96% dos profissionais que recrutam candidatos a uma vaga de emprego são mulheres solteiras com idade entre 20 e 30 anos. A pesquisa de Ruffle e Shtudiner será apresentada na conferência anual da Royal Economy Society.