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Banco pela internet ou cara a cara?

Descubra quando é melhor usar a internet ou ir direto ao banco para fazer suas transações financeiras

Compra com cartão de crédito pela internet (Stock Exchange)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2013 às 11h07.

São Paulo - Hoje, praticamente todos os serviços bancários podem ser feitos por meio da internet . É mais rápido, fácil e cômodo para muitos clientes. Com um clique, dá para pagar contas, fazer transferências, consultar o saldo e ainda fazer investimentos. Essa praticidade fez com que no ano passado 23% das transações bancárias, que chegaram a 56 bilhões de operações, fossem feitas pela internet.

Parece pouco, mas as transações online atingiram o recorde histórico com um avanço de 27% em relação ao ano anterior, segundo dados da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) , que representa o setor bancário. É claro que tanta facilidade precisa ser vista com cuidado. Contratar um empréstimo por meio do site do seu banco pode ficar mais caro do que gastar alguns minutos e ir até a agência bancária conversar com seu gerente.

“Caso a transação exija algum nível de negociação, como taxa de juro , é importante o cliente ir à instituição financeira ou se comunicar com um profissional para saber se realmente está fazendo o que é certo”, diz Alexandre Chaia, professor de finanças do Insper, em São Paulo.

Para saber quando é melhor se dirigir a uma agência e quando é mais eficiente usar o computador, veja as dicas de especialistas financeiros ouvidos pela VOCÊ S/A.

Cara a cara com o gerente

Empréstimos

Quando você precisa de um empréstimo, a melhor coisa a fazer é ir até sua agência bancária e conversar com o gerente. Ele é o profissional que conhece seu histórico financeiro, acompanha seu relacionamento com o banco e pode indicar o melhor crédito para a sua necessidade atual. Quanto mais tempo você for correntista da instituição e quanto mais investimentos possuir, mais fácil será a negociação do juro.

Conversando com o gerente, você pode tentar prazos maiores e taxas de juro menores. Quem pensa em comprar a casa própria e vai financiar uma parte do valor do imóvel também precisa ir direto à agência para contratar o crédito imobiliário.

Além de negociar o juro, você deve pedir informações suficientes para saber se é possível quitar o empréstimo antes do prazo final, o que fazer caso decida vender a casa ou qual será a consequência se não puder pagar o restante das parcelas.

“Há muitos detalhes que precisam ser analisados antes de assinar o contrato e que podem mudar sua vida para pior se não forem entendidos”, diz Gustavo Roxo, que já esteve na direção da área de tecnologia da Febraban e hoje é sócio da Booz & Company, empresa global de consultoria, em São Paulo.

Dívidas

A melhor opção para quem já tem uma dívida com o banco é procurar o gerente para quitar o saldo devedor. Se você tem dinheiro para pagar tudo que deve, pode conseguir um bom desconto, já que as taxas de juro que iriam corrigir o saldo lá na frente deixarão de existir.

“É importante que o cliente esteja acompanhado de alguém experiente, como um advogado, e não se contente com a primeira proposta que o banco fizer”, diz Tatiane Menezes, professora de economia da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife. Também vale a pena ir a uma agência bancária se você quer alongar o prazo de pagamento de um empréstimo que já existe. Ou tentar baixar as parcelas que ficaram altas no seu orçamento.

Investimentos

Quem vai investir pela primeira vez ou tem dúvidas sobre aplicações financeiras deve procurar a agência bancária ou uma corretora de valores. O primeiro passo é entender quais são os tipos de aplicação em que você pode colocar a sua grana, quais atendem às suas necessidades e esclarecer dúvidas. Há investimentos em renda fixa que rendem menos, mas são mais seguros.


As aplicações que negociam ações tendem a render mais, porém são mais arriscadas. Quem quer juntar dinheiro para uma viagem, um projeto de curto prazo, pode deixar o dinheiro na poupança. Mas quem pensa na aposentadoria deve investir em fundos de previdência complementar. É claro que, depois do primeiro contato, pode continuar fazendo depósitos mensais por meio da internet.

Perfil

Desde o ano passado, os novos investidores precisam responder ao questionário Análise de Perfil do Investidor (API) para saber qual é seu perfil de investidor e quais são os produtos financeiros adequados a ele. De acordo com as respostas, os bancos fazem uma classificação em três perfis: conservador, moderado e arrojado.

Quem é um investidor conservador tem de ficar longe de aplicações em ações, que são consideradas arriscadas, por exemplo. Quando você vai pessoalmente responder ao teste pode contar com um atendimento personalizado e sanar todas as dúvidas.

No mundo virtual

Simplicidade

Coisas corriqueiras do mundo bancário, como aplicar dinheiro na poupança, pedir talões de cheque e consultar seu saldo, podem ser feitas pela internet sem nenhum problema. Também dá para consultar as taxas de administração cobradas pelos fundos de investimento de seu banco e compará-las com as de outras instituições financeiras.

Segundo os profissionais do setor, o risco de fraudes bancárias por meio da internet é baixo. A web também é usada para comprar e vender títulos do governo, emitidos pelo Tesouro Nacional. Por meio do site http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto, você pode fazer transações financeiras, mas antes é preciso se cadastrar em uma corretora.

Seguros

Se você quer contratar um seguro de casa, carro ou mesmo de vida, pode comparar os preços, as vantagens e os serviços na internet e depois contratar aquele que você considerar melhor. Se tiver dúvida, pode recorrer a um corretor de seguros.

Chats

Os maiores bancos já usam os chats, o bate-papo online, para falar com seus clientes sobre assuntos relacionados a dinheiro. O investidor consegue ter a conveniência da internet e o atendimento personalizado para esclarecer dúvidas e optar com mais segurança por uma transação financeira. Apesar de bem-aceitos pelos clientes, os chats ainda são recentes no país. O investimento em tecnologia e a orientação ao cliente devem ser os alicerces para conquistar a confiança do público.

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São Paulo - Hoje, praticamente todos os serviços bancários podem ser feitos por meio da internet . É mais rápido, fácil e cômodo para muitos clientes. Com um clique, dá para pagar contas, fazer transferências, consultar o saldo e ainda fazer investimentos. Essa praticidade fez com que no ano passado 23% das transações bancárias, que chegaram a 56 bilhões de operações, fossem feitas pela internet.

Parece pouco, mas as transações online atingiram o recorde histórico com um avanço de 27% em relação ao ano anterior, segundo dados da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) , que representa o setor bancário. É claro que tanta facilidade precisa ser vista com cuidado. Contratar um empréstimo por meio do site do seu banco pode ficar mais caro do que gastar alguns minutos e ir até a agência bancária conversar com seu gerente.

“Caso a transação exija algum nível de negociação, como taxa de juro , é importante o cliente ir à instituição financeira ou se comunicar com um profissional para saber se realmente está fazendo o que é certo”, diz Alexandre Chaia, professor de finanças do Insper, em São Paulo.

Para saber quando é melhor se dirigir a uma agência e quando é mais eficiente usar o computador, veja as dicas de especialistas financeiros ouvidos pela VOCÊ S/A.

Cara a cara com o gerente

Empréstimos

Quando você precisa de um empréstimo, a melhor coisa a fazer é ir até sua agência bancária e conversar com o gerente. Ele é o profissional que conhece seu histórico financeiro, acompanha seu relacionamento com o banco e pode indicar o melhor crédito para a sua necessidade atual. Quanto mais tempo você for correntista da instituição e quanto mais investimentos possuir, mais fácil será a negociação do juro.

Conversando com o gerente, você pode tentar prazos maiores e taxas de juro menores. Quem pensa em comprar a casa própria e vai financiar uma parte do valor do imóvel também precisa ir direto à agência para contratar o crédito imobiliário.

Além de negociar o juro, você deve pedir informações suficientes para saber se é possível quitar o empréstimo antes do prazo final, o que fazer caso decida vender a casa ou qual será a consequência se não puder pagar o restante das parcelas.

“Há muitos detalhes que precisam ser analisados antes de assinar o contrato e que podem mudar sua vida para pior se não forem entendidos”, diz Gustavo Roxo, que já esteve na direção da área de tecnologia da Febraban e hoje é sócio da Booz & Company, empresa global de consultoria, em São Paulo.

Dívidas

A melhor opção para quem já tem uma dívida com o banco é procurar o gerente para quitar o saldo devedor. Se você tem dinheiro para pagar tudo que deve, pode conseguir um bom desconto, já que as taxas de juro que iriam corrigir o saldo lá na frente deixarão de existir.

“É importante que o cliente esteja acompanhado de alguém experiente, como um advogado, e não se contente com a primeira proposta que o banco fizer”, diz Tatiane Menezes, professora de economia da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife. Também vale a pena ir a uma agência bancária se você quer alongar o prazo de pagamento de um empréstimo que já existe. Ou tentar baixar as parcelas que ficaram altas no seu orçamento.

Investimentos

Quem vai investir pela primeira vez ou tem dúvidas sobre aplicações financeiras deve procurar a agência bancária ou uma corretora de valores. O primeiro passo é entender quais são os tipos de aplicação em que você pode colocar a sua grana, quais atendem às suas necessidades e esclarecer dúvidas. Há investimentos em renda fixa que rendem menos, mas são mais seguros.


As aplicações que negociam ações tendem a render mais, porém são mais arriscadas. Quem quer juntar dinheiro para uma viagem, um projeto de curto prazo, pode deixar o dinheiro na poupança. Mas quem pensa na aposentadoria deve investir em fundos de previdência complementar. É claro que, depois do primeiro contato, pode continuar fazendo depósitos mensais por meio da internet.

Perfil

Desde o ano passado, os novos investidores precisam responder ao questionário Análise de Perfil do Investidor (API) para saber qual é seu perfil de investidor e quais são os produtos financeiros adequados a ele. De acordo com as respostas, os bancos fazem uma classificação em três perfis: conservador, moderado e arrojado.

Quem é um investidor conservador tem de ficar longe de aplicações em ações, que são consideradas arriscadas, por exemplo. Quando você vai pessoalmente responder ao teste pode contar com um atendimento personalizado e sanar todas as dúvidas.

No mundo virtual

Simplicidade

Coisas corriqueiras do mundo bancário, como aplicar dinheiro na poupança, pedir talões de cheque e consultar seu saldo, podem ser feitas pela internet sem nenhum problema. Também dá para consultar as taxas de administração cobradas pelos fundos de investimento de seu banco e compará-las com as de outras instituições financeiras.

Segundo os profissionais do setor, o risco de fraudes bancárias por meio da internet é baixo. A web também é usada para comprar e vender títulos do governo, emitidos pelo Tesouro Nacional. Por meio do site http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto, você pode fazer transações financeiras, mas antes é preciso se cadastrar em uma corretora.

Seguros

Se você quer contratar um seguro de casa, carro ou mesmo de vida, pode comparar os preços, as vantagens e os serviços na internet e depois contratar aquele que você considerar melhor. Se tiver dúvida, pode recorrer a um corretor de seguros.

Chats

Os maiores bancos já usam os chats, o bate-papo online, para falar com seus clientes sobre assuntos relacionados a dinheiro. O investidor consegue ter a conveniência da internet e o atendimento personalizado para esclarecer dúvidas e optar com mais segurança por uma transação financeira. Apesar de bem-aceitos pelos clientes, os chats ainda são recentes no país. O investimento em tecnologia e a orientação ao cliente devem ser os alicerces para conquistar a confiança do público.

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