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Banco do Brasil é o melhor gestor de dinheiro

Estratégia certeira para renda fixa e fundos cambiais e setoriais garantiram o bom desempenho da BBDTVM

Carlos Massaaru Takahashi, da BBDTVM: volta à liderança após dois anos (Omar Paixão/EXAME.com/Exame)

Carlos Massaaru Takahashi, da BBDTVM: volta à liderança após dois anos (Omar Paixão/EXAME.com/Exame)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2013 às 15h00.

São Paulo - A BB Gestão de Recursos – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (BBDTVM) voltou ao topo do ranking dos melhores bancos gestores de dinheiro, publicado pela VOCÊ S/A desde 2002. Após dois anos longe da primeira posição, o braço de administração de recursos do Banco do Brasil (BB) tem vários motivos para retomar a liderança. Há quatro anos, deu início a uma reestruturação interna que ampliou o número de funcionários em 25%, chegando a 283, e reorganizou a gerência de pesquisas.

Agora, há áreas especializadas no desenvolvimento de cenários macroeconômicos nacionais e internacionais, na elaboração de estudos setoriais e no gerenciamento de processos de análise de limites de crédito. “Os gestores passaram a ter mais dados para definir os investimentos”, diz Carlos Massaru Takahashi, diretor-presidente da BBDTVM.

Com mais informações e uma estrutura eficiente, a gestão dos fundos melhorou e, durante a crise de 2008, a solidez da marca BB atraiu investidores. A gestora passou a administrar 365 bilhões de reais e, só neste ano, já cresceu 30%. “Durante a crise, as pessoas queriam colocar o dinheiro em investimentos seguros. O apelo à aversão ao risco foi determinante para o nosso crescimento”, diz Carlos.

A BBDTVM sempre teve uma forte atuação nos fundos de renda fixa, que representam segurança ao investidor. Mas foram justamente os fundos de ações, setoriais e cambiais que garantiram cinco estrelas para nove dos 56 fundos do BB que aparecem no ranking da VOCÊ S/A e do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas, de São Paulo. 

No primeiro semestre do ano, quando as notícias de que a recuperação da Europa e dos Estados Unidos seria mais lenta do que a previsão dos economistas, a área de gestão da BBDTVM apostou em papéis prefixados e em títulos indexados à inflação para os fundos de renda fixa. “Quando os  juros começaram a ficar estáveis,  nós estávamos posicionados em prefixados”, diz Carlos Takahashi. Além disso, os gestores apostaram em operações de hedge (proteção) para os fundos cambiais.

Com a desvalorização do dólar e do euro nos principais mercados internacionais, os fundos da BBDTVM tiveram um resultado positivo. Os investimentos em renda variável foram intensificados com os fundos setoriais, principalmente os de energia, transporte e consumo. “Eles minimizam o risco de uma determinada ação”, afirma o diretor-presidente.  

Em 2011, a BBDTVM espera continuar crescendo e atraindo mais investidores. A maior parte dos clientes virá da base dos correntistas pessoa física do Banco do Brasil, que somam 33 milhões de contas. Por enquanto, apenas 2 milhões deles investem em fundos. “Começaremos um programa de educação financeira”, diz Carlos Takahashi. A tarefa vai exigir que os gestores aprofundem o conhecimento sobre a vida financeira dos possíveis investidores.

Para isso, há anos, todos os funcionários recebem treinamento específico em diversas áreas e têm subsídio para cursos. Dos 283 colaboradores, 210 têm pós-graduação e 45 já fizeram mestrado. Além da capacidade dos profissionais, a equipe da BBDTVM terá de contar com uma boa análise do cenário macroeconômico para manter os resultados positivos no próximo ano. É que a situação internacional deve permanecer instável e trazer volatilidade para o mercado financeiro. “Não vai ser um ano fácil para a gestão”, diz Carlos. Já os ventos da economia doméstica devem permanecer brandos.

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