São Paulo – Olhe para cima (e, não, para baixo) para diminuir o risco ser a próxima vítima de uma puxada de tapete no
ambiente de trabalho.
Pesquisa realizada pela Vagas.com com mais 3,8 mil profissionais mostra que o perigo mora um degrau acima na hierarquia corporativa: mais da metade das sabotagens (54%) tem
chefes diretos ou superiores como protagonistas. “É surpreendente. Esperávamos que viessem menções em relação a chefes e superiores, mas não tanto”, diz Rafael Urbano, especialista em inteligência de negócios na Vagas.com. Usadas como metáfora para ações com o intuito deliberado de prejudicar alguém, as puxadas de tapete são frequentes. O levantamento mostra que 62% dos participantes já foram prejudicados por alguém da empresa, entre subordinado, par ou superior (direto ou não).
Impunidade
E depois da queda, as vítimas ficam com a sensação de impunidade para o sabotador. Entre os participantes da pesquisa, 26% disseram que nada mudou, 26% afirmaram que perderam uma promoção ou reconhecimento que mereciam e 19% acabaram sendo demitidos. Para 14%, a puxada de tapete chamou atenção de outras pessoas na empresa e 6% disseram ter acionado canal institucional da empresa para reclamar e não obtiveram resposta. Apenas 3% procuraram usaram este tipo de recurso e conseguiram um posicionamento da empresa. “A questão fica reclusa. Podemos entender que poucas pessoas acionam canais de comunicação das empresas porque não querem se expor”, diz Urbano. De acordo com ele, fica no ar a pergunta: as empresas estão preparadas para receber este tipo de queixa dos seus funcionários? Parece que não. Muitas empresas, diz ele, sequer oferecem este tipo de recurso aos seus profissionais. Confira, nas fotos, quais as puxadas de tapete mais comuns e prepare-se, pois elas chegam quando e de quem menos se espera.