(Z1/Divulgação)
Luísa Granato
Publicado em 10 de janeiro de 2022 às 11h02.
Última atualização em 10 de janeiro de 2022 às 13h09.
Após receber um aporte de 10 milhões de dólares, a Z1, startup financeira da geração Z, está em ritmo acelerado de expansão. No início de janeiro, eles contrataram o 100º funcionário e esperam dobrar de tamanho ainda no primeiro trimestre.
Segundo Sophie Secaf, CMO e confudadora da Z1, somente o time de tecnologia e produto deve ter mais 60 vagas no início de 2022.
Em novembro, a rodada de investimento na startup foi liderada pelo fundo latino Kaszek, que também já participou de grandes aportes em unicórnios como Nubank, Kavak, Creditas e QuintoAndar.
“É um desafio gigante e um mercado muito concorrido, mas temos conseguido competir e ganhar as pessoas pelo diferencial da cultura”, diz.
A executiva diz que ouviu dos candidatos que duas coisas mais os atraíram para a Z1.
A primeira coisa é o desafio de entrar em uma empresa com crescimento acelerado e contratando lideranças. E depois, os profissionais reconhecem a forte cultura de inclusão e diversidade.
A Z1 foi fundada em 2020 pelos empreendedores Thiago Achatz, Mateus Craveiro, Sophie Secaf e João Pedro Thompson com a missão de facilitar o acesso às finanças para jovens da geração Z.
Para isso, a startup oferece conta digital e cartão com taxas reduzidas mais acessíveis a esse público.
E para se manter conectada com esse público, a empresa carrega desde a sua fundação causas importantes para os jovens como parte de sua estratégia.
“A meta da empresa de ser a melhor conta digital do Brasil tem o mesmo peso que a meta de ser pioneira em diversidade. Se no futuro fizermos um IPO e não conseguirmos ser reconhecidos pela diversidade, não será um sucesso total”, afirma a CMO.
Essa meta se reflete em benefícios e rituais na empresa, mas mostra sua efetividade na representatividade entre os funcionários.
As mulheres, cis e trans, compõe mais de 66% da equipe; e as pessoas pretas e pardas são a maioria, sendo quase 57% do total. A Z1 também tem 19% de pessoas trans.
Na liderança, mulheres representam 69% dos cargos, enquanto pretos e pardos estão em 23% das posições. Segundo Secaf, os próximos passos são trabalhar a maior representatividade na liderança e por cada área.
“Esse trabalho foi feito desde o início. Aqui usamos linguagem neutra com clientes, dentro da empresa, em documentos e contratos. Temos palestras mensais sobre diversidade também”, diz.
Pode parecer uma atenção a detalhes, mas a executiva garante que o impacto é imenso na vida das pessoas minorizadas.
Essa atenção ajuda a tornar todas as políticas da empresa inclusivas, como o plano de saúde com cobertura específica para pessoas trans, a busca de médicos que são simpatizantes da causa e oferta de apoio psicológico para grupos minorizados.
Uma iniciativa de destaque na empresa é a Retifica Z1, que custeia e apoia funcionáries transgêneras e travestis no processo de documentação do nome social e retificação de gênero.
Como a Z1 acredita no impacto também na sociedade, quem trabalha na empresa pode indicar uma pessoa próxima para ser beneficiada pela iniciativa. Da mesma forma, os clientes podem utilizar o nome social nos cartões.
A empresa está trabalhando remotamente e tem funcionários em diversos estados. Após a pandemia, a empresa continuará com o modelo "remote first", que considera o remoto como o padrão. Para os interessados, as vagas abertas estão disponíveis no site.
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