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A vontade de fazer junto

Colaboração é uma ação trabalhada em conjunto por duas ou mais pessoas

A solidariedade se expressa tanto por ações comuns como por atos heroicos e aumenta em muito a esperança dos que estão sofrendo, de que uma solução vai ser encontrada.  (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2013 às 12h48.

São paulo - Quando ocorrem tragédias como as provocadas pelo tsunami no Japão , dois fenômenos acontecem quase que simultaneamente. O primeiro é o da solidariedade, que  surge de onde menos se espera e se espalha entre pessoas, cidades e continentes.

A solidariedade se expressa tanto por ações comuns como por atos heroicos e aumenta em muito a esperança dos que estão sofrendo, de que uma solução vai ser encontrada.

O segundo fenômeno é o da colaboração. Trata-se de um tipo de ação solidária que une pessoas em busca de objetivos comuns. É compreensível que o espírito colaborativo ganhe vigor em momentos críticos. O ideal, porém, seria que ele estivesse presente no enfrentamento de todas as dificuldades que uma pessoa encontrasse.

Por que isso não acontece? Vamos analisar a questão, começando pela origem da palavra: co + labor + ação, ou seja, uma ação trabalhada em conjunto por duas ou mais pessoas. Note que a palavra não se refere apenas a uma combinação. Precisa ter a ação.

Existem condições que favorecem a ocorrência de colaboração. Valores comuns, por exemplo. Também ajuda a clara existência de ética . E, fundamentalmente, objetivos comuns claramente definidos e resultados sempre compartilhados permitem que a colaboração floresça. Boa receita. Simples e prática.

E o que atrapalha a colaboração? A não existência das condições citadas. Há também outro inimigo: o excesso de individualismo. São as agendas ocultas, o ciúme e a fatal presença da figura que chamo de “professor de deus”. Trata-se daquele cara que acha que sabe tudo e diz que, para ele, tudo é fácil. Os sentimentos adversos de ciúme e a irritante presença de um individualista acabam com qualquer esforço de colaboração.

A boa notícia é que é fácil identificar esses pontos críticos e atacá-los de forma direta, para resolvê-los ou minimizá-los. Mas e o professor de deus? Pode ser que ele melhore sob uma intensa pressão coletiva ou com um processo de aconselhamento. Se deus quiser.

Luiz Carlos Cabrera é professor da Eaesp-FGV, diretor da Amrop Panelli Motta Cabrera e membro do Advisory Board da Amrop International

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São paulo - Quando ocorrem tragédias como as provocadas pelo tsunami no Japão , dois fenômenos acontecem quase que simultaneamente. O primeiro é o da solidariedade, que  surge de onde menos se espera e se espalha entre pessoas, cidades e continentes.

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O segundo fenômeno é o da colaboração. Trata-se de um tipo de ação solidária que une pessoas em busca de objetivos comuns. É compreensível que o espírito colaborativo ganhe vigor em momentos críticos. O ideal, porém, seria que ele estivesse presente no enfrentamento de todas as dificuldades que uma pessoa encontrasse.

Por que isso não acontece? Vamos analisar a questão, começando pela origem da palavra: co + labor + ação, ou seja, uma ação trabalhada em conjunto por duas ou mais pessoas. Note que a palavra não se refere apenas a uma combinação. Precisa ter a ação.

Existem condições que favorecem a ocorrência de colaboração. Valores comuns, por exemplo. Também ajuda a clara existência de ética . E, fundamentalmente, objetivos comuns claramente definidos e resultados sempre compartilhados permitem que a colaboração floresça. Boa receita. Simples e prática.

E o que atrapalha a colaboração? A não existência das condições citadas. Há também outro inimigo: o excesso de individualismo. São as agendas ocultas, o ciúme e a fatal presença da figura que chamo de “professor de deus”. Trata-se daquele cara que acha que sabe tudo e diz que, para ele, tudo é fácil. Os sentimentos adversos de ciúme e a irritante presença de um individualista acabam com qualquer esforço de colaboração.

A boa notícia é que é fácil identificar esses pontos críticos e atacá-los de forma direta, para resolvê-los ou minimizá-los. Mas e o professor de deus? Pode ser que ele melhore sob uma intensa pressão coletiva ou com um processo de aconselhamento. Se deus quiser.

Luiz Carlos Cabrera é professor da Eaesp-FGV, diretor da Amrop Panelli Motta Cabrera e membro do Advisory Board da Amrop International

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