A grafia usual destas cidades é errada, segundo o dicionário
Ilhabela ou Ilha Bela? Professor Diogo Arrais dá exemplos de cidades que têm a grafia em desacordo com a ortografia
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2015 às 13h32.
*Escrito por Diogo Arrais, professor de Língua Portuguesa do Damásio Educacional
Quem nasce em Mojimirim é mojimiriano, certo? De acordo com os nossos dicionários e manuais ortográficos, sim. Palavras originárias do tupi-guarani - como “moji”, “Turiaçu”, “Paraguaçu” – são grafadas normalmente com “J” e “Ç”.
Apesar de os nomes próprios estarem sujeitos às mesmas regras dos nomes comuns, os nomes geográficos já consolidados historicamente não sofrem alteração na sua grafia.
No rigor normativo, Bahia – por exemplo – deveria ser Baía. No entanto, a forma “Bahia” já estava consagrada pelos brasileiros e, assim, permaneceu.
Há outros diversos exemplos de nomes de localidades, que se consolidaram pela grafia histórica (e não em acordo à vigente ortografia):
Pirassununga
Chavantes
Brodowski
Jaboticabal
Ilhabela
Paraty
Mossoró
Taboão da Serra
Lages
Com breve pesquisa no próprio Aurélio, por exemplo, veremos apenas as seguintes formas:
PIRAÇUNUNGA
XAVANTES
BRODÓSQUI
JABUTICABAL
ILHA BELA
PARATI
MOÇORÓ
TABUÃO DA SERRA
LAJES
Como fazer, então? Use a forma comum, cultural, consolidada pela região. A rigidez ortográfica existe realmente – por parte do Acordo Ortográfico – em topônimos de línguas estrangeiras.
Um grande abraço, até a próxima e siga-me pelo Twitter!
Diogo Arrais
@diogoarrais
Professor de Língua Portuguesa – Damásio Educacional
Autor Gramatical pela Editora Saraiva
*Escrito por Diogo Arrais, professor de Língua Portuguesa do Damásio Educacional
Quem nasce em Mojimirim é mojimiriano, certo? De acordo com os nossos dicionários e manuais ortográficos, sim. Palavras originárias do tupi-guarani - como “moji”, “Turiaçu”, “Paraguaçu” – são grafadas normalmente com “J” e “Ç”.
Apesar de os nomes próprios estarem sujeitos às mesmas regras dos nomes comuns, os nomes geográficos já consolidados historicamente não sofrem alteração na sua grafia.
No rigor normativo, Bahia – por exemplo – deveria ser Baía. No entanto, a forma “Bahia” já estava consagrada pelos brasileiros e, assim, permaneceu.
Há outros diversos exemplos de nomes de localidades, que se consolidaram pela grafia histórica (e não em acordo à vigente ortografia):
Pirassununga
Chavantes
Brodowski
Jaboticabal
Ilhabela
Paraty
Mossoró
Taboão da Serra
Lages
Com breve pesquisa no próprio Aurélio, por exemplo, veremos apenas as seguintes formas:
PIRAÇUNUNGA
XAVANTES
BRODÓSQUI
JABUTICABAL
ILHA BELA
PARATI
MOÇORÓ
TABUÃO DA SERRA
LAJES
Como fazer, então? Use a forma comum, cultural, consolidada pela região. A rigidez ortográfica existe realmente – por parte do Acordo Ortográfico – em topônimos de línguas estrangeiras.
Um grande abraço, até a próxima e siga-me pelo Twitter!