O Catho enfrenta o LInkedIn, o 99Jobs, o Love Mondays...
O maior site de empregos do país tem novos concorrentes, que crescem rapidamente e oferecem diferentes serviços para fidelizar usuários e atrair novos profissionais
José Eduardo Costa
Publicado em 16 de junho de 2014 às 14h00.
São Paulo - Em janeiro, a Catho lançou uma campanha na televisão (Globo, SBT e Record) e na internet para lembrar as pessoas de que ainda é o maior site de emprego s do país. Entre os profissionais e estudantes que contratam seus serviços, por 79 reais por mês, um em cada cinco consegue trabalho.
Profissionais e estudantes são responsáveis por 90% do faturamento de 220 milhões de reais da Catho, que tem 350 000 usuários cadastrados. Uma parcela desse total, que a empresa não divulga, é pagante. Os outros 10% da receita vêm das empresas, que pagam para ter acesso à base de 6,7 milhões de currículos.
O comercial da Catho, comandada desde maio de 2012 pelo engenheiro Claus Vieira, de 46 anos, é também uma resposta aos competidores. “Todo mundo sabe que emprego novo é na Catho”, diz o locutor.
O LinkedIn , que montou sua operação no Brasil em 2011, é um concorrente. A rede social tem hoje 15 milhões de usuários — são 2,2 vezes mais currículos online do que a Catho tem, embora nem todos sejam atualizados. A rede social profissional também compete com a Catho pela receita das empresas.
O serviço de assinatura oferecido ao RH responde por 30% do faturamento do LinkedIn no Brasil — os outros 70% vêm de assinaturas de profissionais. Para melhorar sua receita com as empresas, a Catho trouxe Leonardo Cotsifis, que até dezembro era diretor de vendas e estratégia do LinkedIn para a América Latina. Para aumentar sua base de usuários, neste mês a Catho está lançando um novo guia colaborativo de carreira e salários .
Novas propostas
Os sites e as comunidades online colaborativos são uma febre, mas isso ainda é novidade na área de RH. Fundado em junho do ano passado por um grupo de jovens profissionais liderados por Eduardo Migliano, publicitário de 25 anos, o 99jobs se propõe a conectar o jovem ao que ele ama fazer — o slogan da empresa é Faça o que você ama.
O site começou com investimento dos fundadores e teve aporte de cerca de 500 000 reais, que permitiu investir na equipe (15 profissionais) e no algoritmo de busca de informações, principalmente via redes sociais. O 99jobs tem hoje 165 000 usuários e cerca de 1 milhão de pageviews por mês.
A receita vem de 13 grandes clientes, todos com contrato anual. Para ter um gerente de conta exclusivo, a empresa precisa gastar pelo menos 10 000 reais por mês com o 99jobs. “Tínhamos três fornecedores para nosso programa de estágio, trocamos por um. O 99jobs faz a triagem dos currículos e tem dois serviços adicionais: o plano de comunicação e a definição dos valores”, diz Elaine Santos, superintendente de RH do Citi.
O Love Mondays, fundado em novembro do ano passado pela advogada Luciana Caletti, é outro serviço online onde o profissional pode comparar empresas, por meio da avaliação dos funcionários, e tomar uma decisão mais assertiva de carreira. De cada 100 usuários que entram no Love Mondays, oito postam um comentário sobre a empresa.
“Todos os posts são revisados pela nossa equipe antes de ser publicados”, diz Luciana. O surgimento de novos empreendimentos digitais na área de RH é uma novidade no Brasil. Nos Estados Unidos, no ano passado, 208 pequenas empresas digitais de serviços na área de RH receberam investimento de 600 milhões de dólares. “Os fornecedores de RH precisam se reinventar”, diz Elaine, do Citi. Um sinal de que a competição nessa área vai aumentar. Bom para você.
Bom para você
Comparar empresas avaliadas pelos funcionários, acessar os salários pagos pelos empregadores e conhecer o lado menos glamouroso dos chefes. Veja o que os sites oferecem de novo.
Site Catho
Onde encontrar: home.catho.com.br/profissoes/
Serviço: A Catho lançou neste mês uma plataforma colaborativa com informações sobre carreira, médias e comparativos salariais e oportunidades de emprego. O usuário tem acesso a uma lista dos estados que pagam mais, menos e dentro da média e um ranking das carreiras que melhor remuneram. O site também apresenta o salário médio por cargo e os valores mínimo e máximo pagos nacionalmente. Há 3 600 verbetes (cargos/carreiras).
Site 99Jobs
Onde encontrar: 99jobs.com/home
Serviço: Ao entrar no site, o usuário responde a perguntas sobre sua formação, a área em que quer atuar e o tipo de ocupação que busca. O candidato também tem o perfil do Facebook pesquisado (para saber, por exemplo, quais os grupos de discussão de que participa na rede social). Com os resultados dessas informações, o 99jobs aponta quais empregadores podem ter mais empatia com o profissional.
Site Love Mondays
Onde encontrar: lovemondays.com.br
Serviço: No site, o usuário acessa informações sobre diversas empresas (ambiente de trabalho, salário, cultura organizacional), que são avaliadas pelos próprios funcionários, o que permite comparar rapidamente a que mais se encaixa em seu perfil e suas ambições.
São Paulo - Em janeiro, a Catho lançou uma campanha na televisão (Globo, SBT e Record) e na internet para lembrar as pessoas de que ainda é o maior site de emprego s do país. Entre os profissionais e estudantes que contratam seus serviços, por 79 reais por mês, um em cada cinco consegue trabalho.
Profissionais e estudantes são responsáveis por 90% do faturamento de 220 milhões de reais da Catho, que tem 350 000 usuários cadastrados. Uma parcela desse total, que a empresa não divulga, é pagante. Os outros 10% da receita vêm das empresas, que pagam para ter acesso à base de 6,7 milhões de currículos.
O comercial da Catho, comandada desde maio de 2012 pelo engenheiro Claus Vieira, de 46 anos, é também uma resposta aos competidores. “Todo mundo sabe que emprego novo é na Catho”, diz o locutor.
O LinkedIn , que montou sua operação no Brasil em 2011, é um concorrente. A rede social tem hoje 15 milhões de usuários — são 2,2 vezes mais currículos online do que a Catho tem, embora nem todos sejam atualizados. A rede social profissional também compete com a Catho pela receita das empresas.
O serviço de assinatura oferecido ao RH responde por 30% do faturamento do LinkedIn no Brasil — os outros 70% vêm de assinaturas de profissionais. Para melhorar sua receita com as empresas, a Catho trouxe Leonardo Cotsifis, que até dezembro era diretor de vendas e estratégia do LinkedIn para a América Latina. Para aumentar sua base de usuários, neste mês a Catho está lançando um novo guia colaborativo de carreira e salários .
Novas propostas
Os sites e as comunidades online colaborativos são uma febre, mas isso ainda é novidade na área de RH. Fundado em junho do ano passado por um grupo de jovens profissionais liderados por Eduardo Migliano, publicitário de 25 anos, o 99jobs se propõe a conectar o jovem ao que ele ama fazer — o slogan da empresa é Faça o que você ama.
O site começou com investimento dos fundadores e teve aporte de cerca de 500 000 reais, que permitiu investir na equipe (15 profissionais) e no algoritmo de busca de informações, principalmente via redes sociais. O 99jobs tem hoje 165 000 usuários e cerca de 1 milhão de pageviews por mês.
A receita vem de 13 grandes clientes, todos com contrato anual. Para ter um gerente de conta exclusivo, a empresa precisa gastar pelo menos 10 000 reais por mês com o 99jobs. “Tínhamos três fornecedores para nosso programa de estágio, trocamos por um. O 99jobs faz a triagem dos currículos e tem dois serviços adicionais: o plano de comunicação e a definição dos valores”, diz Elaine Santos, superintendente de RH do Citi.
O Love Mondays, fundado em novembro do ano passado pela advogada Luciana Caletti, é outro serviço online onde o profissional pode comparar empresas, por meio da avaliação dos funcionários, e tomar uma decisão mais assertiva de carreira. De cada 100 usuários que entram no Love Mondays, oito postam um comentário sobre a empresa.
“Todos os posts são revisados pela nossa equipe antes de ser publicados”, diz Luciana. O surgimento de novos empreendimentos digitais na área de RH é uma novidade no Brasil. Nos Estados Unidos, no ano passado, 208 pequenas empresas digitais de serviços na área de RH receberam investimento de 600 milhões de dólares. “Os fornecedores de RH precisam se reinventar”, diz Elaine, do Citi. Um sinal de que a competição nessa área vai aumentar. Bom para você.
Bom para você
Comparar empresas avaliadas pelos funcionários, acessar os salários pagos pelos empregadores e conhecer o lado menos glamouroso dos chefes. Veja o que os sites oferecem de novo.
Site Catho
Onde encontrar: home.catho.com.br/profissoes/
Serviço: A Catho lançou neste mês uma plataforma colaborativa com informações sobre carreira, médias e comparativos salariais e oportunidades de emprego. O usuário tem acesso a uma lista dos estados que pagam mais, menos e dentro da média e um ranking das carreiras que melhor remuneram. O site também apresenta o salário médio por cargo e os valores mínimo e máximo pagos nacionalmente. Há 3 600 verbetes (cargos/carreiras).
Site 99Jobs
Onde encontrar: 99jobs.com/home
Serviço: Ao entrar no site, o usuário responde a perguntas sobre sua formação, a área em que quer atuar e o tipo de ocupação que busca. O candidato também tem o perfil do Facebook pesquisado (para saber, por exemplo, quais os grupos de discussão de que participa na rede social). Com os resultados dessas informações, o 99jobs aponta quais empregadores podem ter mais empatia com o profissional.
Site Love Mondays
Onde encontrar: lovemondays.com.br
Serviço: No site, o usuário acessa informações sobre diversas empresas (ambiente de trabalho, salário, cultura organizacional), que são avaliadas pelos próprios funcionários, o que permite comparar rapidamente a que mais se encaixa em seu perfil e suas ambições.