7 erros que estão sabotando o seu networking
Você não entende por que o seu networking não dá frutos? Veja 7 erros frequentes que podem estar boicotando as suas tentativas
Claudia Gasparini
Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 14h00.
São Paulo - Fazer networking do jeito certo é tão difícil que aqueles que conseguem dominar essa “arte” se tornam mitos.
É o caso do empresário norte-americano Richard Stromback, que ganhou fama de “Sr. Davos ” pelo seu impressionante trânsito entre as figuras mais importantes do Fórum Econômico Mundial, evento anual que ocorre em Davos, na Suíça.
Richard tem histórias lendárias em seu currículo. Quando um príncipe do Oriente Médio foi conhecer um poderoso CEO dos Estados Unidos, ele pediu sua ajuda para facilitar o encontro, e até o Vaticano já recorreu ao empresário para negociar um acordo de paz, segundo o site Harvard Business Review.
Mas por que Stromback está sempre no centro das atenções? O segredo pode estar na sua capacidade de conectar pessoas, segundo sugere Maurício Cardoso, co-fundador do Clube do Networking.
“Ter um bom networking não é conhecer muita gente. É conhecer uma pessoa com um problema e uma pessoa com a solução, e fazer a ponte entre elas”, afirma ele.
A consultora empresarial Surama Jurdi explica que bons networkers, como Stromback, sabem ser facilitadores. “Eles conseguem servir ao outro, ajudá-lo, e assim ganham fãs no futuro”, afirma ela.
O problema é que muita gente esquece que o ingrediente para o sucesso dos relacionamentos profissionais é ser útil para os demais. "Quem tem um networking ineficiente normalmente subestima a importância da troca”, diz Cardoso.
Com a ajuda dos dois especialistas, EXAME.com reuniu alguns erros frequentes que decretam o fracasso do seu networking. Veja a seguir:
1. Abordar alguém de forma “crua”
Se você quer se aproximar de alguém, a forma ideal é ser apresentado. “Se você só manda um email ou faz uma ligação 'fria', fica parecendo telemarketing”, diz o sócio do Clube do Networking. “Não adianta insistir. As pessoas estão cansadas de serem alvo de conversas interesseiras”.
2. Não oferecer nada em troca
Não é errado se aproximar de alguém com um interesse, segundo Cardoso. Só não vale contar isso como networking se o benefício só existe para uma das partes. “Quando não há troca, dificilmente o contato leva a alguma coisa”, afirma ele. É o erro mais clássico do networking: procurar outro profissional só quando você está precisando.
3. Bajular
Tentar ganhar a simpatia do outro com elogios exagerados é uma péssima ideia, de acordo com Surama. “Autenticidade é fundamental para criar uma conexão real com o outro”, diz a consultora. Cumprimentar uma pessoa não é um problema, mas é bom moderar o tom e ser sincero.
4. Parar no primeiro contato
Cardoso critica a noção de que networking é um “evento”, um encontro pontual que acontece numa tarde, por exemplo. “Na verdade é um processo, algo que demanda um esforço a longo prazo para garantir a continuidade do relacionamento”, afirma.
5. Não sair da frente do computador
Usar o email e as redes sociais para conversar com outros profissionais é um ótimo hábito, desde que não substitua o contato presencial. “Para fazer networking, o olho no olho é fundamental”, diz Cardoso. “Sem isso, fica muito difícil criar confiança”.
6. Ser impessoal demais
Não é porque o objetivo da aproximação é profissional que você não pode - ou não deve - buscar uma conexão pessoal com o outro. Na verdade, encontrar uma identificação subjetiva é essencial para que o networking dê certo. “Afinidades garantem que o outro se lembre de você”, diz Surama.
7. Falar só sobre você
É natural tentar exibir as suas qualidades num encontro profissional. Mas é importante tomar cuidado para não transformar a conversa. num monólogo. “Você pode falar sobre si mesmo, mas também é importante perguntar, ouvir, demonstrar interesse pelos projetos, experiências e gostos da outra pessoa", explica Cardoso.
- 1. Tímidos e influentes
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São Paulo – A vida corporativa é mais complicada para quem é muito tímido. Mas esta não é uma máxima definitiva, para alívio dos introvertidos. De acordo com Susan Cain, autora do livro “O Poder dos Quietos”, criatividade , persistência e moderação são características que afloram no silêncio e já levaram muitas pessoas ao sucesso e a um patamar global de influência. É o caso dos executivos desta lista, que apesar de não serem extrovertidos, estão entre as pessoas mais influentes do mundo dos negócios, destacou o site Business Pundit. Confira, nas fotos, quem são eles:
2 /12(Bloomberg)
O co-fundador do Google, Larry Page, é frequentemente descrito como uma pessoa introvertida e que evita falar em público. Em 2013, ele explicou que problemas nas cordas vocais também enfraqueceram sua voz, justificando porque andou fugindo dos microfones.
3 /12(Bloomberg)
O megainvestidor faz parte da lista da Forbes dos introvertidos mais famosos do mundo. Ele contou ao seu biógrafo que precisou treinar muito para vencer seu medo de falar em público. A aversão a plateias era tão grande que ele vomitava de nervoso só de pensar em encarar a tarefa. Segundo Buffett. o livro “Como fazer amigos e influenciar pessoas”, de Dale Carnegie (Companhia Editora Nacional), mudou a sua vida.
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Enquanto a extroversão era uma característica marcante em Steve Jobs, a introversão de Steve Wosniak parecia trazer o equilíbrio à dupla, segundo Susan Cain, autora de O Poder dos Quietos (Editora Agir). No livro, a autora destaca um ponto em comum entre o naturalista Charles Darwin e Wozniak, criador do primeiro PC: suas descobertas mais famosas tomaram forma em momentos de silêncio.
5 /12(Getty Images)
“Sou geek e tímida”, confidenciou a toda poderosa do Yahoo, Marissa Mayer à Vogue em 2013. A CEO afirmou que constantemente tem que lutar contra sua tendência a introversão, especialmente em eventos sociais. Ela diz sempre querer ir embora aos primeiros quinze minutos de uma festa, mas se força a ficar mais um pouco.
6 /12(Brendan Smialowski/Getty Images)
Quem assiste a Elon Musk lançando um novo produto dificilmente nota que a extroversão não é natural para fundador e presidente da Tesla e SpaceX. “Tive que praticar muito antes de subir no palco”, disse ele. Musk se definiu como um engenheiro introvertido que teve que aprender a falar em público.
7 /12(Divulgação)
“Você pode achar difícil de acreditar, mas sou introvertido”, afirmou Guy Kawasaki, conselheiro da Apple, e um dos grandes especialistas da atualidade em marketing e tecnologia. O segredo deste tímido que esbanja uma imagem de extrovertido é encarar suas atividades em público como um papel a ser interpretado, algo externo a sua essência.
8 /12(Getty Images / David McNew)
O criador do Mashable.com também já assumiu publicamente que é do time dos quietos. “ Talvez as mídias sociais nos permitam ter o controle que não temos na socialização na vida real”, escreveu Cashmore.
9 /12(Mario Tama/Getty Images)
O fundador da Amazon.com também não é lá muito ligado em holofotes. Não gosta de dar entrevistas e, por isso, costuma ser classificado como introvertido.
10 /12(Getty Images)
“Ele é tímido e introvertido e, muitas vezes, não parece muito caloroso com as pessoas que não o conhecem, mas ele é caloroso”, disse Sheryl Sandberg sobre seu chefe Mark Zuckerberg ao New York Times.
11 /12(AFP/Arquivos)
Bill Gates também é um notório introvertido. Ele, em entrevista para um programa australiano, disse que pessoas espertas sabem aproveitar os benefícios da introversão para atingir o sucesso.
12 /12(Divulgação/Facebook/The Simpsons)
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