6 programas de intercâmbio para trabalhar no exterior
Cada vez mais interessados em fazer intercâmbio procuram opções em que o trabalho seja possível
Camila Pati
Publicado em 26 de julho de 2016 às 15h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h10.
São Paulo – Programas de intercâmbio que incluem trabalho têm feito sucesso entre os brasileiros. Em muitos casos é possível, além de recuperar o dinheiro investido, ainda garantir recursos para viajar e se manter durante a estada no país. Estados Unidos , Canadá , Austrália , Nova Zelândia, França, Alemanha e Holanda são alguns dos países para os quais há opções de trabalho que pode ser remunerado ou não. Confira alguns dos programas que o diretor de intercâmbio da travelmate, Eduardo Heidemann, cita entre os mais procurados na agência.
O Work & Travel nos Estados Unidos é programa de trabalho mais procurado da Travelmate, segundo Eduardo Heidemann, diretor de intercâmbio. Ele é realizado durante as férias de verão aqui no Brasil e é voltado para universitários entre 18 e 28 anos com conhecimento intermediário, no mínimo, de inglês. Os jovens passam entre três e quatro meses trabalhando em estações de esqui, hotéis, resorts e restaurantes. A média salarial fica normalmente entre 7,25 e 12 dólares por hora, variando conforme empregador e função. Heidemann aponta o custo, que não é alto, como o principal atrativo do programa. “Além disso, trabalhando, o jovem consegue recuperar o dinheiro investido e se manter enquanto está lá, além de não prejudicar as aulas no Brasil”, diz.
Muitos brasileiros estão preferindo países que permitem que estudantes estrangeiros trabalhem. É o caso de Canadá, Irlanda, Austrália e Nova Zelândia (foto), em que é possível frequentar uma escola de idiomas, por exemplo, e também trabalhar nas horas vagas. A busca de emprego fica por conta do estudante, mas há algumas escolas que dão auxílio aos seus alunos interessados em trabalhar. Na Travelmate, programas desse tipo são chamados Work & Study.
Interessados em adquirir experiência profissional e que tenham nível avançado de inglês podem optar por fazer estágio. Programas dessa modalidade são para universitários, estudantes de pós-graduação e recém-formados há, no máximo, um ano. Há vagas em diversas áreas nos Estados Unidos e também na Austrália (foto), segundo o diretor de intercâmbio da Travelmate. “Tem estágio em engenharia, administração, tecnologia, recursos humanos. Mas há maior número de oportunidades nos dois países para trabalhar com hospitalidade e gastronomia”, diz Eduardo Heidemann. O processo seletivo é feito no Brasil, o jovem já sai daqui sabendo para quem vai trabalhar e há opções remuneradas e não remuneradas que duram de três a 18 meses nos Estados Unidos. Na Austrália há também estágios pagos e não pagos e a duração pode variar entre um mês e seis meses. Há limite de idade de 35 anos para estágio nos Estados Unidos e 30 anos para estágio na Austrália.
Os dois são programas de trabalho remunerado, em que o estrangeiro mora com uma família e ajuda no cuidado com as crianças da casa. Nível, ao menos, intermediário de inglês ou do idioma do país de destino é um requisito, assim como experiência prévia no trabalho com crianças. O trabalho como au pair é integral e há oportunidades nos Estados Unidos, Alemanha, França e Holanda, segundo o diretor de intercâmbio da Travelmate. O estrangeiro recebe, além da remuneração, estadia e alimentação. Nos Estados Unidos, a passagem de ida e volta também é paga pela família contratante. O programa dura, geralmente, um ano, mas pode chegar a dois anos, período máximo permitido. É para quem tem entre 18 e 26 anos, é solteiro e não tem filhos. Já o programa de demi pair é realizado na Austrália é de meio período de trabalho cuidado de crianças e meio período de estudo obrigatório em escola de inglês. Podem se candidatar solteiros sem filhos que tenham entre 18 e 35 anos. De acordo com Eduardo Heidemann, mulheres geralmente têm a preferência das famílias, mas homens que sejam qualificados também podem ser aceitos. " Já tivemos casos de sucesso com candidatos homens também", diz.
Jovens universitários entre 18 e 26 anos podem participar de programa de trabalho na França voltado para a área de hospitalidade e gastronomia. Dura entre dois e três meses e é feito durante as férias de verão aqui e de inverno lá. É preciso ter nível de francês no mínimo intermediário para trabalhar em bares, restaurantes, hotéis e estações de esqui francesas.
“Temos visto aumentar o número de interessados em emigrar do Brasil”, diz o diretor de intercâmbio da Travelmate, Eduardo Heidemann. O país que mais atrai atualmente, de acordo com ele, é o Canadá. O caminho escolhido, geralmente, passa pela matrícula em curso profissionalizante de longa duração nos chamados Colleges, que permitem trabalho durante meio período. “Depois deste curso, o estrangeiro pode ficar até dois anos trabalhando no país e então pode dar entrada no pedido de visto permanente”, diz Heidemann. Ele explica que muita gente tem levado a família junto. E que a vantagem é que o acompanhante pode trabalhar período integral e os filhos podem ser matriculados no ensino público canadense durante o programa.
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