4 vícios profissionais (e como se livrar deles)
Entenda o que leva alguns executivos ficarem presos a hábitos que podem prejudicar a carreira e veja como é possível mudar este quadro
Camila Pati
Publicado em 7 de junho de 2013 às 14h15.
São Paulo – Os hábitos, sejam eles maus ou bons, começam sempre por meio de um gatilho. Sim isso mesmo. Gatilhos “são estímulos sensoriais responsáveis pelo encadeamento de uma rotina. É como um vício”, explica Renato Hirata, consultor e sócio da Hirata Consultores & Editora.
Ele explica que os grilhões que prendem muitos profissionais à rotinas destrutivas são as “recompensas” que provêm delas. “Todo hábito tem um ganho. Até, por exemplo, fumar. O fumante pode dizer que o cigarro o deixa mais seguro, mais tranquilo”, explica.
Por isso, uma mudança de rotina pressupõe que a pessoa identifique o gatilho que desencadeia o hábito e a “recompensa” resultante dele. Esta é uma das primeiras etapas de um sistema desenvolvido por Hirata para que as pessoas consigam alterar atitudes que em nada contribuem para a carreira : o PMI – Prosper Mind Intelligence.
Para que a alteração da rotina seja efetiva e duradoura, os profissionais passam pelas cinco fases do PMI, segundo o especialista: diagnóstico, conscientização, motivação , ação e repetição. Entender o que desperta o hábito, ou seja, qual é o gatilho, é o primeiro passo.
“A conscientização acontece quando a pessoa sabe qual é o efeito do hábito para a sua vida, é aí que ela ‘acorda’”, diz. A motivação para mudar surge em seguida, mas a ação - isto é, o rompimento da inércia da rotina - só é possível quando a pessoa enxerga outro hábito com uma recompensa mais vantajosa e decide substituir.
“A última fase é a repetição da ação”, explica Hirata. Ele sugere que a pessoa faça isso por 28 dias para que os resultados sejam duradouros. Com base neste método, EXAME.com pediu que Hirata identificasse hábitos que atrapalham a carreira de executivos e quais as “recompensas” que os prendem a eles. O especialista também sugere novos hábitos que podem substituí-los, mostrando que as recompensas destes últimos podem ser mais vantajosas. Confira:
Hábito 1Reclamar que a empresa não oferece recursos
Queixas sobre tempo curto para realizar as tarefas ou sobre a falta de ferramentas para trabalhar são constantes nas empresas, de acordo com Hirata. A recompensa deste hábito, diz o especialista, é a proteção do mau desempenho. “É uma justificativa. A pessoa não pode ter uma boa performance porque a empresa não deixa”, explica.
Dica: Fazer dos recursos limitados uma oportunidade de crescimento pode ser o substituto deste mau hábito, sugere Hirata. “Ao fazer isso, a pessoa para de congelar a mente nas reclamações”, explica. E a recompensa é o aumento do potencial criativo.
Hábito 2Trabalhar apenas pelo dinheiro
Ter o dinheiro como único motivador para trabalhar é outro mau hábito em que muitos executivos incorrem. “A recompensa é a sobrevivência. Ao receber o salário o profissional paga as contas e sobrevive”, diz o especialista.
Dica: Trabalhar voluntariamente para a organização pode ser o novo hábito adotado. O dinheiro deixa de ser o objetivo e passa a ser a consequência. “A recompensa é o aumento do valor agregado. E as pessoas que estão voluntariamente na organização tendem a ser mais estáveis também”, diz.
Hábito 3Vitimizar-se pelas injustiças cometidas pela empresa
Ter sido preterido em uma promoção ou não receber o aumento almejado são “pratos cheios” para que os profissionais se considerem vítimas da injustiça de um gestor ou da empresa. O hábito de se fazer de vítima tem como recompensa a “terceirização” do fracasso. “O ganho desta atitude é justificar a situação de fracasso”, diz Hirata.
Dica: Ao invés de se considerar uma vítima, tome as rédeas da situação e assuma o papel de empreendedor. “Quem assume o olhar do dono do negócio consegue suportar qualquer crise”, diz Hirata.
Hábito 4Medo de se comprometer com metas
Ao esquivar-se do comprometimento com seus objetivos e metas a recompensa é a minimização do esforço, de acordo com o especialista.
Dica: Troque o medo pela coragem de assumir novos desafios. “O ganho de transformar a coragem em hábito é o aumento do limite do desempenho”, explica Hirata. Mire-se no exemplo dos atletas que melhoram a performance estipulando metas a serem alcançadas.
São Paulo – Os hábitos, sejam eles maus ou bons, começam sempre por meio de um gatilho. Sim isso mesmo. Gatilhos “são estímulos sensoriais responsáveis pelo encadeamento de uma rotina. É como um vício”, explica Renato Hirata, consultor e sócio da Hirata Consultores & Editora.
Ele explica que os grilhões que prendem muitos profissionais à rotinas destrutivas são as “recompensas” que provêm delas. “Todo hábito tem um ganho. Até, por exemplo, fumar. O fumante pode dizer que o cigarro o deixa mais seguro, mais tranquilo”, explica.
Por isso, uma mudança de rotina pressupõe que a pessoa identifique o gatilho que desencadeia o hábito e a “recompensa” resultante dele. Esta é uma das primeiras etapas de um sistema desenvolvido por Hirata para que as pessoas consigam alterar atitudes que em nada contribuem para a carreira : o PMI – Prosper Mind Intelligence.
Para que a alteração da rotina seja efetiva e duradoura, os profissionais passam pelas cinco fases do PMI, segundo o especialista: diagnóstico, conscientização, motivação , ação e repetição. Entender o que desperta o hábito, ou seja, qual é o gatilho, é o primeiro passo.
“A conscientização acontece quando a pessoa sabe qual é o efeito do hábito para a sua vida, é aí que ela ‘acorda’”, diz. A motivação para mudar surge em seguida, mas a ação - isto é, o rompimento da inércia da rotina - só é possível quando a pessoa enxerga outro hábito com uma recompensa mais vantajosa e decide substituir.
“A última fase é a repetição da ação”, explica Hirata. Ele sugere que a pessoa faça isso por 28 dias para que os resultados sejam duradouros. Com base neste método, EXAME.com pediu que Hirata identificasse hábitos que atrapalham a carreira de executivos e quais as “recompensas” que os prendem a eles. O especialista também sugere novos hábitos que podem substituí-los, mostrando que as recompensas destes últimos podem ser mais vantajosas. Confira:
Hábito 1Reclamar que a empresa não oferece recursos
Queixas sobre tempo curto para realizar as tarefas ou sobre a falta de ferramentas para trabalhar são constantes nas empresas, de acordo com Hirata. A recompensa deste hábito, diz o especialista, é a proteção do mau desempenho. “É uma justificativa. A pessoa não pode ter uma boa performance porque a empresa não deixa”, explica.
Dica: Fazer dos recursos limitados uma oportunidade de crescimento pode ser o substituto deste mau hábito, sugere Hirata. “Ao fazer isso, a pessoa para de congelar a mente nas reclamações”, explica. E a recompensa é o aumento do potencial criativo.
Hábito 2Trabalhar apenas pelo dinheiro
Ter o dinheiro como único motivador para trabalhar é outro mau hábito em que muitos executivos incorrem. “A recompensa é a sobrevivência. Ao receber o salário o profissional paga as contas e sobrevive”, diz o especialista.
Dica: Trabalhar voluntariamente para a organização pode ser o novo hábito adotado. O dinheiro deixa de ser o objetivo e passa a ser a consequência. “A recompensa é o aumento do valor agregado. E as pessoas que estão voluntariamente na organização tendem a ser mais estáveis também”, diz.
Hábito 3Vitimizar-se pelas injustiças cometidas pela empresa
Ter sido preterido em uma promoção ou não receber o aumento almejado são “pratos cheios” para que os profissionais se considerem vítimas da injustiça de um gestor ou da empresa. O hábito de se fazer de vítima tem como recompensa a “terceirização” do fracasso. “O ganho desta atitude é justificar a situação de fracasso”, diz Hirata.
Dica: Ao invés de se considerar uma vítima, tome as rédeas da situação e assuma o papel de empreendedor. “Quem assume o olhar do dono do negócio consegue suportar qualquer crise”, diz Hirata.
Hábito 4Medo de se comprometer com metas
Ao esquivar-se do comprometimento com seus objetivos e metas a recompensa é a minimização do esforço, de acordo com o especialista.
Dica: Troque o medo pela coragem de assumir novos desafios. “O ganho de transformar a coragem em hábito é o aumento do limite do desempenho”, explica Hirata. Mire-se no exemplo dos atletas que melhoram a performance estipulando metas a serem alcançadas.