Um ano da covid-19 no Brasil
“A Gripe Espanhola teve três ondas e durou mais de dois anos antes de desaparecer no rastro da imunidade coletiva. Talvez devamos nos preparar para algo assim”
Mariana Martucci
Publicado em 26 de fevereiro de 2021 às 18h39.
O Brasil completa um ano do primeiro caso registrado aqui pelo SARS-CoV-2, e está em plena segunda onda de casos e óbitos da Covid-19. Com um fato a agravar o cenário: o stress sobre o sistema hospitalar parece mais grave que no ápice da primeira onda, registrado em meados do ano passado.
Ainda que o número de novos casos diários esteja na mesma ordem de grandeza do primeiro pico.
Talvez a ação do novo coronavírus tenha agora efeitos mais graves sobre a saúde das pessoas. Uma parte da explicação talvez sejam as novas variantes. Mas não há ainda comprovação de terem atingido tal escala de contágio na população.
Uma coisa porém é fato. O sistema hospitalar Brasil afora não estava preparado para um repique de casos graves. É provável que o arrefecimento da primeira onda tenha trazido alívio em excesso não apenas na sociedade, mas entre as autoridades responsáveis pelos serviços de saúde.
Afinal, estamos todos aprendendo a pilotar o avião em pleno voo.
A Gripe Espanhola teve três ondas e durou mais de dois anos antes de desaparecer no rastro da imunidade coletiva. Talvez devamos nos preparar para algo assim.
* Analista político da FSB Comunicação
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