TRENDS: Associar compra e venda ao streaming é a nova tendência do mercado
Streaming aposta em franquias de produtos como forma de gerar dinheiro vinculados aos personagens, filmes e às séries
Bússola
Publicado em 20 de outubro de 2021 às 09h00.
Por Alexandre Loures e Flávio Castro*
Propriedade intelectual é a base das maiores empresas de entretenimento do mundo.
A venda de produtos como bonés, moletons, brinquedos e até notebooks são fontes de receita para o universo do entretenimento que visa entrar no mundo do e-commerce como mais uma maneira de gerar dinheiro com a venda de produtos licenciados vinculados aos personagens, filmes e às séries, e até itens usados em alguma determinada cena viralizada dentro das redes sociais.
Associar compra e venda aos canais de streaming é a nova tendência do mercado.
Para se ter uma ideia, no final deste mês, a Netflix começará a comercializar produtos inspirados em algumas de suas populares produções, no site do Walmart, nos Estados Unidos.
Essa parceria fará com que as histórias transcendam as telas e se tornem, ainda mais, parte da vida das pessoas.
Este é um modelo que já existe, mas agora escalado e tendência mundial. Temos como exemplo os bonecos Star Wars, entre tantos outros produtos.
Antes mesmo deste acordo acontecer, as mídias sociais viralizaram o biscoito e a hashtag “dalgona”, da série Round 6. A febre fez com que receitas e novas criações movimentassem quase 300 mil posts no Instagram, um sinal de que a busca por produtos relacionados está a todo vapor.
As empresas de tecnologia entram, portanto, nessa corrida para abocanhar um mercado promissor que só tem a crescer.
O Mercado Livre acabou de anunciar o novo programa de assinaturas da empresa com descontos nas entregas de produtos e acesso ao Disney+ e Star+. O que vemos é um mercado aquecido em busca de novidades.
A comercialização de produtos franqueados ajuda a impulsionar os serviços assim como gerar mais conexões entre produções e audiência.
Cada vez mais os canais de streaming, com produções originais, vão criar parcerias para esse comércio.
O lado bom? Novos recursos para a compra e venda de produtos. Novos sites, mais aplicativos. Maior movimentação das produções que extravasam a tela e passam a fazer parte da vida das pessoas. Novas parcerias.
Quanto maior a demanda, mais o mercado fica aquecido e mais soluções de tecnologia chegam para atender.
Existe já uma oportunidade de crowdsourcing chamada Netflix Fan Select onde os fãs poderão votar nas mercadorias que gostariam de ter de seus programas favoritos. A Walmart terá que correr para atender esse público que passa a interagir ainda mais com as plataformas.
São experiências novas que trazem inovação e provocam os criativos a pensar bem além “da caixa”.
Entretenimento gerando mais entretenimento e maior conexão.
Resta saber se esse movimento irá na contramão da criatividade, com foco em criações lucrativas para este novo mercado.
Mas como uma coisa puxa a outra, o que se espera é muita novidade por aí.
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*Alexandre LoureseFlávio Castrosão sócios da FSB Comunicação
Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.
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