TRENDS: 20 anos de mídias sociais
O que pudemos ver no Carnaval e o que promete a fase adulta dessa realidade que transformou o mundo em que vivemos
Plataforma de conteúdo
Publicado em 24 de fevereiro de 2023 às 18h26.
Há aproximadamente 20 anos, as mídias sociais começaram a aparecer. Antes disso, houve algumas tentativas e experiências, mas o fato é que estamos entrando na fase adulta dessa realidade que transformou a forma de nos relacionarmos com o mundo e com as pessoas.
Traçando um paralelo com a história da TV, que demorou 100 anos para ser o que é, as mídias estão entrando em sua fase adulta, com algumas plataformas ainda engatinhando.
Linkedin foi lançado em 2003; Facebook em 2004; YouTube – 2005; Twitter, 2006; Instagram – 2010; e TikTok em 2014, plena infância.
Podemos afirmar que estamos no início dessa era que ainda mostra o básico de sua potência. Não dá para processar essa realidade sem um tanto de distanciamento que ainda não temos, mas dá para perceber a transformação que reflete essas mudanças.
É o que aconteceu no Carnaval deste ano.
Para se ter uma ideia, a TV Bahia cobriu os circuitos Dodô e Osmar com uma equipe web que mostrou ao vivo tudo que aconteceu, incluindo bastidores com convidados, e toda a folia.
A TV esteve presente em todas as plataformas digitais.
O que, possivelmente poderia ser avaliado como concorrência, virou ferramenta de distribuição de mais conteúdo, complementando a transmissão da própria emissora. A Liesa – Liga Independente das Escolas de Samba -, investiu em marketing digital neste ano, no Rio, e voltou a comunicação para impulsionar as próprias escolas, patrocinadores e parceiros, por meio de massivas postagens de ensaios, cenas dos barracões, cobertura dos desfiles.
Mídias sociais foram credenciadas como imprensa e isso marcou a diferença do que estamos começando a fazer com as redes sociais.
Aplicativos foram criados para mostrar a programação dos bloquinhos e facilitar essas informações. Faça uma análise com a gente.
Internet é indispensável nas nossas vidas. Mídias sociais, na maioria dos casos, idem.
Mas você não acha que o ritmo dessas tecnologias ainda não se firmou?
Pense que até hoje entramos em sites, e as propagandas nos invadem causando um certo desconforto.
Por mais que as redes sociais sejam um meio de comunicação, elas ainda não se tornaram tão atraentes a ponto de caminhar sem um tanto de investimento para acontecer uma interação que, de fato, faça a diferença. Por mais que seja importante uma distribuição omnichannel das marcas, percebemos que esse funcionamento ainda é fragmentado e a produção de conteúdo demanda um esforço enorme, por falta de domínio até mesmo de dados coletados. Por mais que saibamos que pessoas querem fazer parte de comunidades e se encontrarem nos seus núcleos sociais, tendo acesso a informações e oportunidades, ainda não enraizamos o conhecimento de que as abordagens de comunicação devem contemplar que a população vive mais, de outro jeito e com outras vontades e necessidades. Compreender essa transformação não é tarefa fácil e exige concentração e atenção nas sutis mudanças e evoluções que acontecem o tempo inteiro
Hoje sabemos, por exemplo, como a TV evoluiu, mas anos atrás era inimaginável prever essa revolução.
A mesma coisa acontece com as mídias, mas ousamos afirmar, com uma velocidade muito maior.
O Carnaval mostrou que estamos começando a usar as redes sociais de outras formas. É o começo de muito mais.
Estejamos atentos e ousados. Esse é só um abre-alas para um desenvolvimento imprevisível, mas que pode, e deve, ser acompanhado em tempo real.
*Alexandre Loures e Flávio Castro são sócios do Grupo FSB
Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.
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