Tem um convite da Clubhouse aí?
A nova rede social é um painel gigantesco de salas virtuais, onde você pode ouvir áudios que estão em andamento em qualquer parte do mundo
Filipe Serrano
Publicado em 6 de fevereiro de 2021 às 19h34.
Última atualização em 6 de fevereiro de 2021 às 19h34.
Essa foi uma das perguntas que mais ouvi esta semana. A nova rede social que está bombando nos últimos dias tem como alicerce algo que muitos amam e outros simplesmente odeiam: áudios.
Eu confesso que sou do tipo que só ouve áudios de segundos. Mas a Clubhouse chegou para provar que grande parte das pessoas se identifica (e muito) com o formato. Esta constatação pega carona na febre apocalíptica dos podcasts no mundo.
Mas o que é a Clubhouse afinal? Pense na rede como um painel gigantesco de salas virtuais, onde você pode ouvir áudios que estão em andamento em qualquer parte do mundo e participar de fóruns segmentados, palestras, workshops, papos sobre tecnologia, entretenimento, política, economia e dezenas de outros assuntos. O foco é imitar as interações em áudio da vida real, reunindo todas em um único lugar.
Lançada em 2020, a plataforma teve um boom no vale do Silício, depois foi para mundo das celebridades e explodiu esta semana no mercado financeiro após uma conversa entre Elon Musk e Vlad Tenev, da Robin Hood Investimentos. Isto nos mostra que ela também se tornou um espaço bastante interessante para networking.
E quem está na Clubhouse? Estamos falando de Oprah Winfrey, Chris Rock, Ashton Kutcher e Jared Letto, por exemplo. As conversas nas salas virtuais de Drake e Kevin Hart tem aparecido regularmente nos TTs do Twitter. E como se pode interagir em real time por meio de áudio e chat (abertos ou privados) com os usuários, ela se torna muito atraente como forma de estar próximo de seus ídolos.
No entanto, para participar você precisa ser convidado. Isso mesmo. Você só pode ter acesso se um usuário da rede te chamar. Alguns convites já estão sendo vendidos no Reddit, eBay, Craigslist e até no Alibaba, mesmo a rede estando disponível apenas para iPhones (iOS).
E por que o app está bombando tanto? Porque ele mistura um formato de consumo simples e apreciado, uma estratégia de divulgação muito bem idealizada e traz de volta a sensação de exclusividade.
Afinal, ouvir e coçar é só começar.
*Sócio-diretor de Estratégia da FSB Comunicação
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