Pessoas aproveitam a praia de Ipanema, em meio ao surto da doença coronavírus, no Rio de Janeiro (Pilar Olivares/Reuters)
Mariana Martucci
Publicado em 1 de dezembro de 2020 às 21h48.
As eleições trouxeram com elas, especialmente nos dias anteriores à urna, aglomerações de candidatos, políticos e apoiadores. O paroxismo deu-se nas compreensíveis comemorações dos vitoriosos. Mas não passou despercebido que, horas depois, voltassem as advertências e medidas sobre a ainda gravidade da ação do SARS-CoV-2 entre nós. Assim tem sido a política por aqui.
Seria injusto entretanto particularizar. O relaxamento tem sido geral, e o símbolo destes dias bem poderiam ser as praias superlotadas. Há quem diga que praias não são tão propícias assim para o contágio, vai saber... Mas e festas em lugares fechados? Com certeza são. E o pessoal não parece estar nem aí. Torçamos e rezemos para que as UTIs, e o povo que nelas trabalha, sejam suficientes.
Porque as perspectivas da eventual vacina ainda são cheias de incógnitas. Muitas variáveis. Uma estratégica é a temperatura em que o imunizante precisa ser conservado. Aqui, o ótimo parece novamente ser inimigo do bom. Melhor uma vacina que não exija tantos cuidados de conservação, e portanto possa estar disponível com menos complicações logísticas.
*Analista político da FSB Comunicação
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