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Qual a importância da tecnologia para impulsionar as vendas no varejo físico?

Apesar da criatividade do brasileiro, ainda existe uma certa resistência e procrastinação quando se trata de implementar novas soluções tecnológicas. Confira o artigo de Felipe Dellacqua 

Investir em tecnologia deixou de ser uma opção e se tornou uma necessidade para o varejo físico se manter competitivo (-/Divulgação)

Investir em tecnologia deixou de ser uma opção e se tornou uma necessidade para o varejo físico se manter competitivo (-/Divulgação)

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Publicado em 27 de junho de 2024 às 07h00.

Por Felipe Dellacqua, CMO da Infracommerce*

No cenário atual do varejo brasileiro, a adoção de tecnologias tem se mostrado cada vez mais essencial para aumentar a rentabilidade e eficiência das operações. Apesar da criatividade do brasileiro, ainda existe uma certa resistência e procrastinação quando se trata de implementar novas soluções tecnológicas. No entanto, é fundamental que os varejistas entendam a importância de investir em tecnologia para impulsionar as vendas e melhorar a experiência do consumidor.

Vendas pelo WhatsApp

Com milhões de usuários ativos, o WhatsApp é uma das principais plataformas de comunicação no Brasil. Aproveitar a ociosidade dos vendedores utilizando o WhatsApp, por exemplo, pode ser uma estratégia eficaz para aumentar a rentabilidade das lojas físicas

Durante os períodos mais tranquilos, os comerciantes podem utilizar essa ferramenta para se relacionar com os clientes, enviando ofertas personalizadas e aproveitando o estoque disponível na loja. Se integrarmos um CRM, é possível segmentar a base de clientes e direcionar as mensagens de forma mais eficaz. Dessa maneira, as lojas podem aumentar as vendas sem aumentar os custos fixos com funcionários, resultando em maior rentabilidade.

Utilizando mídias proprietárias

Outra possibilidade possível é as lojas físicas transformarem a comunicação com clientes por meio das mídias proprietárias. A venda de mídia não apenas gera uma nova receita, mas também fornece dados detalhados sobre o perfil e comportamento do público final. 

Com essas informações, é possível otimizar o mix de produtos e ajustar a profundidade do estoque conforme as preferências dos consumidores. Além disso, parcerias e co-branding com marcas que compartilham clientes semelhantes podem ser explorados para aumentar o ticket médio

Esse conhecimento aprofundado sobre o consumidor eleva a inteligência do varejo físico a um novo patamar, permitindo estratégias mais precisas e eficazes.

Campanhas de marketing regionalizadas

Outra tática é investir em campanhas de marketing regionalizadas, integrando o estoque disponível em cada loja e utilizando recursos como o Google Maps para direcionar o tráfego de forma assertiva, pode ser altamente eficaz. Além disso, aproveitar o tempo dos vendedores para realizar lives commerce no Instagram e TikTok, promovendo produtos para uma audiência regional, maximiza o engajamento e a conversão. 

Essas estratégias não apenas aumentam a visibilidade e atração de clientes para as lojas físicas, mas também impactam positivamente indicadores tradicionais do varejo, como venda por metro quadrado, venda por funcionário e taxa de conversão.

Entenda o Pix

A evolução do Pix também tem se mostrado vantajosa para o varejo, oferecendo menores custos transacionais e reduzido risco de fraude. Embora ainda existam desafios na experiência do usuário, como a necessidade de usar um segundo dispositivo para escanear o QR Code, a tendência é de constante melhora. 

A introdução do parcelamento via Pix e a chegada do Pix offline devem acelerar ainda mais a adoção dessa forma de pagamento no varejo. Com uma experiência cada vez mais fluida e transparente, o Pix tem o potencial de se tornar a principal forma de transação no varejo nos próximos anos.

Congresso Digitalização do Varejo 2024

Esses foram alguns dos destaques em que tive a oportunidade de abordar durante o Congresso Digitalização do Varejo 2024, no qual debatemos um tema de grande relevância no cenário atual: o papel da loja física em tempos digitais. Junto com outros especialistas renomados do setor, como Alessandro Gil, vice-presidente da Wake, Rodrigo Nasser, founding partner da Itu Partners & Aster Capital, e Alejandro Vázquez, cofundador e presidente da Nuvemshop, compartilhei minha perspectiva e o quanto a loja física continuará desempenhando um papel crucial, mas precisará se reinventar e se integrar perfeitamente com os canais digitais para prosperar nesta nova era do varejo.

Investir em tecnologia deixou de ser uma opção e se tornou uma necessidade para o varejo físico se manter competitivo. Apesar da resistência inicial em função dos custos e da necessidade de adaptação, os varejistas precisam encarar esse desafio. Ao aproveitar recursos como o WhatsApp, análise de dados, campanhas regionalizadas e formas de pagamento mais eficientes como o Pix, é possível impulsionar as vendas, aumentar a rentabilidade e proporcionar uma experiência superior aos consumidores. O varejo que não se atualizar e abraçar a transformação digital pode ficar para trás em um mercado cada vez mais competitivo e exigente.

*Felipe Dellacqua é CMSO e possui mais de 20 anos de experiência nas frentes de venda, gestão e marketing.

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