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Precisa-se de robôs inteligentes para manter a produtividade em alta

Já chegamos na parte da história em que máquinas autônomas realizam diversas tarefas cotidianas, como previu a ficção científica

Robôs podem melhorar o fluxo de logística das fábricas em vários setores. (YouTube/Reprodução)
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Bússola

Publicado em 26 de junho de 2021 às 12h00.

Por Marcio Aguiar*

A pandemia causada pelo novo coronavírus acelerou a transformação digital nos negócios e nas vidas de grande parte da população humana, gerando grandes impactos também na economia global. Com a vacinação capaz de evitar a covid-19, as empresas já devem iniciar um planejamento para o retorno pós-pandemia, mas ainda é preciso ter muita cautela.

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Nesse aspecto, a inteligência artificial é a principal tendência para o futuro. Quando aliada à robótica, é possível gerar soluções ainda melhores. Com o retorno gradual das indústrias, a procura por essa tecnologia deve crescer. Isso porque as empresas precisarão manter a mesma quantidade de produção que antes da pandemia, ou talvez até um volume maior.

Para resguardar a vida dos funcionários, nesses casos, provavelmente será preciso intercalar o número de pessoas que ocupam o mesmo espaço e criar uma distância segura entre os colaboradores, além de manter todo o cuidado com a higienização no local. E, com um número limitado de funcionários em linha de montagem, não será possível manter o volume anterior.

A automação entra nesse campo como uma nova necessidade para diversas indústrias que precisam voltar ao funcionamento e também como uma grande tendência para o futuro cada vez mais próximo.

Em parceria com o grupo BMW, a NVidia Enterprise usou a plataforma de robótica Isaac para aprimorar as fábricas automotivas, usando robôs de logística desenvolvidos com tecnologias avançadas de computação de inteligência artificial e visualização. Nesse caso, o foco é implementar um sistema completo desenvolvido com as tecnologias da NVidia – desde o treinamento e os testes até a implantação – e robôs criados com uma única arquitetura de software, executada na plataforma aberta de robótica Isaac.

O objetivo da BMW é melhorar o fluxo de logística das fábricas para produzir carros personalizados com mais rapidez e eficiência. A ideia é que, depois de desenvolvido, esse sistema seja implantado em todas as fábricas do grupo ao redor do mundo.

Além do mercado automotivo, é possível utilizar a automação em outras atividades. O ANYmal C da ANYbotics AG, com sede em Zurique, Suíça, é um “cão robótico farejador” que pode fazer a fiscalização de segurança em ambientes complexos, como canteiros de obras, por exemplo. Ele detecta obstáculos e encontra o próprio caminho mais curto, graças à GPU Jetson AGX Xavier da NVidia.

O robô de quatro patas pode deslizar por passagens de apenas 23,6 polegadas de largura (aproximadamente 59 centímetros) e subir escadas tão íngremes quanto 45 graus no chão de uma fábrica para inspecionar equipamentos industriais com suas câmeras térmicas, de grande angular e de profundidade.

Já a Bossa Nova Robotics criou um robô para o varejo, que pode digitalizar um corredor de supermercado de 10 metros em 60 segundos, capturando 4 mil imagens que se transformam em relatórios de inventário com a ajuda da arquitetura NVIDIA Turing RTX. O Walmart planeja usar os robôs em pelo menos 650 de suas lojas.

Outro grande exemplo atual é o robô de entrega Serve da Postmates. Ele pode transportar aproximadamente 22 quilos de mercadorias por 48 quilômetros, usando um Jetson AGX Xavier para navegar pelas calçadas como um pedestre educado.

A automação já está presente em alguns setores da sociedade e se faz necessária cada vez mais em diversos mercados. Muitas ficções científicas apontam um futuro muito distante com humanos usando máquinas autônomas para realizar diversas tarefas cotidianas, mas já chegamos nessa parte da história. Agora precisamos imaginar o que mais será possível realizar com a ajuda dessa tecnologia.

*Marcio Aguiar é diretor da NVidia Enterprise para América Latina

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