Assim como a Black Friday, que chegou tímida, tendências americanas devem ganhar mais espaço no Brasil. (Reuters/Reuters)
Bússola
Publicado em 30 de outubro de 2021 às 09h00.
Por Danilo Vicente*
Dia 31 de novembro, Halloween. Pode apostar que você verá crianças fantasiadas em algum momento deste domingo — mesmo que pela TV. A tradicional celebração americana (que chegou aos Estados Unidos com migrantes irlandeses) está cada vez mais comum por aqui e neste 2021 promete tomar o fim de semana todo. Aliás, o anglicismo está levando o termo “Dia das Bruxas” ao ostracismo (mas esse é assunto para outro texto).
É mais uma data para celebração não apenas das crianças, mas da economia. Nos Estados Unidos, estima-se que a venda de produtos relacionados ao Halloween alcançará US$ 10,2 bilhões este ano, contra os US$ 8 bi de 2020, de acordo com a National Retail Federation. Por lá, a distribuição deste faturamento é em fantasias (US% 3,3 bi), doces (US$ 3 bi), decoração (US$ 3,2 bi) e cartões (US$ 700 milhões).
É claro que na terra do Tio Sam o Halloween é um feriado esperado, enraizado na cultura. Por aqui ainda estamos bem aquém, mas já vemos uma movimentação forte de grandes marcas — e em setores diversos.
O Burger King, por exemplo, vai aproveitar o horário das 3h da manhã, seguindo uma lenda de ser o pico dos fenômenos paranormais, para oferecer cupons de descontos exclusivos. A Fanta, do grupo Coca-Cola, lançou uma bebida na cor preta e sabor “misterioso” para promover a data.
A Liv Up, foodtech de comida natural e mercado online, preparou dicas de pratos temáticos para seus clientes — “globos oculares de presunto” e “pimentão assombrado”, entre outros.
Claro, o cinema terá lançamentos horripilantes, como Halloween Kills: O Terror Continua (o 12º filme da interminável franquia do assassino Mike Myers). E tem até empresa de criptomoeda aproveitando a efeméride para dar R$ 1 milhão em moeda digital.
O Halloween segue a mesma tendência da Black Friday, bons passos atrás, é verdade. Ambas as celebrações americanas chegaram tímidas e a Black Friday, não é novidade, já se tornou forte no Brasil. O caminho é longo, mas está traçado. Que bom. A bruxa está solta — no bom sentido.
*Danilo Vicente é sócio-diretor da Loures Comunicação
Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.
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