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Para Abralatas, o setor representa saída inovadora e tecnológica

Em entrevista à Bússola, presidente da Abralatas fala sobre o crescimento do setor nos últimos anos, ESG e comportamento do consumidor

Setor de latas cresceu em 81%, saindo de cerca de 18 bilhões de latinhas em 2011 para 33,4 bilhões no ano em 2021 (Kiyoshi Ota/Bloomberg)
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Bússola

Publicado em 14 de abril de 2022 às 20h45.

Última atualização em 18 de abril de 2022 às 17h06.

“Não existe lixo, existe matéria-prima”. Com essa afirmação, Cátilo Cândido, presidente da Associação Brasileira de Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas), fala em bate-papo no Bússola Líderes, o canal de entrevistas em vídeo com grandes lideranças empresariais do Brasil, conduzido por Alon Feuerwerker, sobre o crescimento do setor nos últimos anos, ESG e comportamento do consumidor.

As latas de alumínio fazem parte do cotidiano da população brasileira. E a Abralatas representa todos os fabricantes de latas no país, contando com toda a cadeia produtiva, representando todo o campo institucional, e buscando trazer o desenvolvimento das latinhas, em termos de competitividade, reputação, imagem, diálogo e outros atores, para os consumidores e parceiros.

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Com a pandemia de covid-19, que suspendeu as atividades fora de casa, como reuniões, festas e outras, fez com que o setor olhasse outros caminhos. Sendo classificado como serviço essencial, as fábricas continuaram exercendo os seus trabalhos e, com isso, a indústria teve expressivos retornos.

De acordo com o presidente da Abralatas, em dez anos o setor de latas cresceu em 81%, saindo de cerca de 18 bilhões de latinhas em 2011 para 33,4 bilhões no ano em 2021.

“O número nos coloca e reafirma como o terceiro mercado do mundo — perdendo apenas para a China e os Estados Unidos”, declara Cátilo.

Hoje, a Abralatas conta com 25 fábricas espalhadas pelo Brasil. E diversificou o seu portfólio para atender às novas demandas dos consumidores, que hoje olham para o item como uma saída sustentável. Além disso, com a expansão de produtos que são oferecidos por meio das latas de alumínio, além dos clássicos como refrigerantes e cervejas, também é possível observar o consumo de água, vinho e hard seltzer como tendências.

Pensando no aspecto de ESG, Cátilo afirma que ESG não é mais planos para o futuro, e sim, o presente. “Ninguém vende mais por ter ESG, porque ESG se tornou a base da venda”, afirma.

A lata brasileira é a mais reciclada do mundo, estando acima de 95% dos índices de reciclagem há mais de 15 anos, ou seja, é antes da Lei de Resíduos Sólidos, que impôs a logística reversa e a discussão sobre ESG.

“As fábricas estão crescendo pelo país e nós temos uma parceria com a Abal (que é a Associação Brasileira de Alumínio) para reciclar todas essas latas. Então, existem diversos centro de coletas pelo país responsáveis por receber essa sucata [...] completando o círculo da economia circular”, afirma o presidente da Abralatas.

Já para o futuro, a Associação acredita que as latas de alumínio são a representação de inovação. Por meio de embalagens diversas, com disponibilidade de marketing, tecnologias de rastreamento, QR Code para mais informações, entre outras possibilidades, poderão atender diversas demandas do mercado.

E em 2022, marcado neste segundo semestre pela Copa do Mundo, eleições e retorno de atividades presenciais, o setor tem expectativa de crescer ainda mais.

Para assistir a entrevista na íntegra, acesse o canal do YouTube da Bússola, onde sai conteúdos desta e de outras colunas.

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