(Leandro Fonseca/Exame)
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Publicado em 8 de dezembro de 2025 às 15h00.
Por Paulo Gontijo*
O ano de 2025 tem sido de recordes para o turismo no Rio de Janeiro. Dados da Embratur mostram que a cidade recebeu mais de 1,3 milhão de visitantes estrangeiros entre janeiro e julho de 2025, um aumento de 52,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso reflete o potencial do setor, que pode e deve gerar impacto social e ambiental positivo.
O turismo regenerativo vai além da experiência do visitante e integra a conservação da biodiversidade. Esse conceito mostra como o setor pode deixar um legado para a sociedade.
Um exemplo prático está em Paraty, na Costa Verde do Rio. Lá, o turismo é o motor da economia local, garantindo não apenas a preservação do patrimônio histórico e cultural da região, mas também a conservação da biodiversidade. O turismo, portanto, é um vetor de sustentabilidade.
Essa tendência não é exclusiva do Brasil. Na Costa Rica, o turismo regenerativo tem transformado áreas degradadas em novas florestas, promovendo biodiversidade, equilibrando o carbono e fortalecendo comunidades locais. Iniciativas como essa ajudam a proteger a natureza e preservar tradições culturais, gerando renda e deixando um impacto duradouro.
No turismo, o compromisso com o impacto positivo deve ser central. Empresas e instituições precisam priorizar a preservação ambiental, especialmente em locais com belezas naturais, como o Rio de Janeiro.
O Parque Bondinho Pão de Açúcar é um ótimo exemplo. Localizado dentro do Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca (MoNa Pão de Açúcar), uma unidade de conservação da Mata Atlântica, o atrativo mantém parcerias com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima (SMAC) para promover restauração ecológica e reintrodução de espécies nativas.
Nas praias cariocas, quiosques próximos à vegetação de restinga ajudam a conservar as áreas verdes. Projetos como o Verde Mar também unem o setor turístico para reduzir a poluição das praias e mares.
O turismo no Rio de Janeiro bate recordes, e cabe a gestores e cidadãos transformar isso em um legado positivo. Direcionar recursos para ações com impacto social e ambiental não só amplia o valor do turismo, mas também gera empregos, conserva paisagens e fortalece comunidades locais.
Esse é o caminho para que a Cidade Maravilhosa se beneficie de um turismo responsável, sustentável e duradouro.
*Paulo Gontijo é Diretor de Relações Institucionais, Compliance e Sustentabilidade do Grupo Iter, holding que administra o Parque Bondinho Pão de Açúcar.