Onde está a transparência?
Especialista em comunicação digital alerta que, para ser transparentes, empresas devem ouvir e priorizar as pessoas
Victor Sena
Publicado em 14 de outubro de 2020 às 20h59.
Última atualização em 14 de outubro de 2020 às 21h10.
Desde o começo do isolamento social, o mercado de comunicação tem especulado tendências para o mundo pós-pandêmico. Transformação digital, omnichannel, inteligência artificial, mídia de performance, enfim, os caminhos são milhares e as empresas não perderam tempo em correr atrás dessas tecnologias e de como elas vão se conectar com a audiência.
Mas, por trás de tudo isso, o que existe? Eu te respondo: pessoas. E digo mais: pessoas cada vez mais conscientes do seu lugar de fala e dispostas a cobrar das marcas por algo que a tecnologia não entrega sozinha — transparência.
Diante de uma pandemia, esse atributo se tornou ainda mais essencial e definitivo para os negócios. Vivemos a era da informação desenfreada e da desinformação também. Os consumidores precisam ter em quem acreditar e com quem dialogar de forma clara e verdadeira.
Transparência não significa só abrir as portas de sua empresa nas redes sociais, mas sim ter coerência e consistência em tudo o que faz para dentro e para fora. Transparência também é assumir sua vulnerabilidade e se colocar em um lugar de aprendizado e escuta ativa das necessidades do seu consumidor.
A verdade é que ninguém espera que uma marca seja perfeita, sem defeitos ou erros no meio do caminho. Mas o que não se tolera mais é uma marca que não tem humildade para ouvir e aprender com sua audiência.
Vale lembrar que por trás de toda compra de um produto existem — de novo — pessoas. E elas querem ser ouvidas e, acima de tudo, priorizadas.
* Gerente de Digital da Loures
Siga a Bússola nas redes sociais