Desejo por entretenimento dentro de casa deve se manter como tendência mesmo depois do fim da pandemia (YouTube/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 10 de junho de 2021 às 13h26.
Por Andrea Fernandes*
Neste final de semana abri o Disney+ e vi que Cruella, o filme da Disney com Emma Stone e Emma Thompson estava disponível para streaming na plataforma. O lançamento só acontece mesmo no mês que vem, mas para quem está muito curioso, existe uma opção de assistir agora pagando R$69,90. Eu já assino o Disney+, tenho um catálogo mega completo dentro da plataforma e pensei que não valeria a pena pagar esse dinheiro para assistir o filme antes. Depois, pensei em quanto eu gastaria indo ao cinema para levar meu filho, o Felipoca.
Comprei e não me arrependo – inclusive, recomendo demais que assistam ao filme. Trilha, figurino e atuações perfeitas. Ótimo roteiro, inclusive. Ressignificou a Cruella da antiga animação.
Ter essa experiência com o Disney+ me fez refletir… já está mais do que claro que toda a crise de saúde que tivemos nesses últimos meses mudou bastante nosso comportamento.
Esse tem sido um tema recorrente nas minhas publicações, onde trouxe alguns dados que mostram bastante isso, como a chegada de novos clientes ao e-commerce e o que deve acontecer neste Dia dos Namorados que se aproxima.
Se antes os brasileiros davam muita atenção aos lançamentos automotivos e uma eventual viagem, hoje as prioridades mudaram. O lazer estava ligado a ir a um restaurante, cinema, peça ou simplesmente encontrar os amigos, e hoje tudo tem sido feito dentro de casa. A verdade é que, de um modo geral, o lazer dependia muito menos da nossa casa ou da tecnologia.
Mais e mais serviços de streaming estão sendo assinados (aumento de 26% globalmente em 2020), um boom na compra de videogames (os norte-americanos gastaram mais de 10 bilhões de dólares com o setor em 2020 segundo dados da Clearsale) e claro, televisores. O tempo médio da pessoa em frente a uma TV era de 37 minutos diariamente, saltando para 1 hora 49 minutos (uau!). Mais um dado interessante: o Brasil é o segundo maior país em número de assinantes no Netflix, perdendo apenas, claro, para os Estados Unidos.
O bem estar nas residências também passou a ser prioridade. Passar mais tempo em casa, tanto para quem pode trabalhar, quanto por não poder sair para os momentos de lazer, fez com que alguns itens de eletrodomésticos e eletroeletrônicos caíssem (ainda mais) no gosto do brasileiro. É o caso, por exemplo, do robô aspirador, que teve um crescimento de 401% de vendas em 2020.
A partir de agora, praticamente tudo que fizermos nas nossas vidas, do entretenimento ao exercício físico, viagens, educação ou comunicação estará intrinsecamente ligado a algum produto eletrônico – e quando tudo voltar ao normal (vai voltar), teremos uma nova forma de nos relacionarmos com tudo aquilo que fazíamos antes. Não é melhor ou pior, só é diferente. O desejo por entretenimento e por uma casa mais moderna e confortável vai seguir e a vontade de viajar, encontrar os amigos e tomar aquela caipirinha no final do expediente também. Eu acredito!
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