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O que já sabemos e o que esperar de um dos maiores festivais de inovação

Conferência traz à luz os mais diferentes e inovadores insights relacionados à música, cinema, tecnologia e inovação

Não basta ficar antenado nas previsões; é necessário ler, estudar e debater como estamos preparados para enfrentar esse futuro em andamento. (PM Images/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 16 de março de 2022 às 09h00.

Por Alexandre Loures e Flávio Castro*

De 11 a 20 de março acontece, em Austin, no Texas, o SXSW — South by Southwest , conferência onde algumas das mentes mais inquietas do mundo trazem à luz os mais diferentes e inovadores insights relacionados à música, cinema, tecnologia e inovação.

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Depois de três anos sem acontecer presencialmente, a edição de 2022 une o formato presencial e digital e conta com uma programação voltada para profissionais criativos de diversas áreas que inclui palestras, painéis, shows, mídia interativa e filmes com participantes de mais de 75 países credenciados.

Como macrotemas, o festival definiu: “Descobrindo o desconhecido”; “Construídos para o futuro”; “Estamos todos conectados”; “A mídia em evolução” e “O Poder da inclusão”.

Dentro destes macros, há quinze tracks como pautas: 2050 — Publicidade e Experiência de Marca, Engajamento Cívico, Mudanças Climáticas, Cultura, Design, Indústria da TV e Cinema, Futuro da Música, Indústria de Games, Tecnologia para a Saúde, Produção de TV e Cinema, Indústria de Mídia, Startups, Indústria da Tecnologia e Transportes.

No primeiro dia, o professor e pesquisador de marketing da New York University, Scott Galloway, profeciou que, diferente do que a maioria acredita, o áudio irá direcionar o metaverso mais do que os elementos visuais e a Apple será a grande vencedora dessa corrida rumo à realidade alternativa.

Aqui no grupo FSB nós temos acompanhado esse movimento. Até criamos uma newsletter quinzenal editada pelo Cauê Madeira, um dos nossos sócios-diretores. A Metaverse Review é hospedada no ecossistema da Youpix.

A Amazon também entrará com seus assistentes virtuais e a Alexa irá permear essa revolução interagindo e influenciando os seus interlocutores.

Também, segundo Galloway, o turismo espacial terá a grande barreira da questão financeira e os riscos da mortalidade por falta de treinamento e tripulação qualificada para essas viagens.

Uma das participações mais esperadas era a da futurista Amy Webb que também previu o metaverso como uma tecnologia onde as pessoas criarão versões de si mesmos, adaptadas a fins específicos, criando uma lacuna entre sua projeção e seu universo físico.

Prenunciou que o futuro do trabalho será, cada vez mais, imersivo com plataformas de reuniões virtuais, experiências digitais e mundos de realidade mista.

Outra pauta abordada por ela foi a Inteligência Artificial que representa a terceira era da computação onde a atuação será na melhora de rendimentos e resolução de problemas, além da curadoria e criação de conteúdos

Mudança do ecossistema financeiro, Home of Thing, Web3 e biologia sintética foram também pautas abordadas por Amy.

Tristan Harris, especialista em Ética e protagonista do documentário “O Dilema das Redes”, explorou em sua palestra a importância do uso da sabedoria para combater a desinformação e proporcionar um ambiente de informação compartilhada, com treinamento de equipes para conduzir uma mudança na tecnologia a fim do bem-estar coletivo.

O universo das criptomoedas e blockchain foi abordado de uma forma diferente. Um estúdio promoveu formas práticas de se usar as criptomoedas para apoiar artistas e cineastas. O Blockchain Creative Labs é o primeiro patrocinador de blockchain da história do SXSW. Um dos objetivos da ação foi fazer com que as pessoas entendessem a essência dos bens digitais e controlassem o valor monetário de seus dados.

Amber Venz Box, cofundadora e presidente da LTK, provocou o público sobre como o poder transformador dos criativos ainda é subestimado e Katrina Alcorn, gerente geral de design da IBM, falou sobre a importância da criatividade como impulsionadora de negócios.

Não basta ficar antenado nas previsões; é necessário ler, estudar e debater como estamos preparados para enfrentar esse futuro em andamento.

O festival chega para dar uma agitada em quem está curioso e quer acompanhar essa evolução.

Nós estamos! E contaremos sempre aqui para vocês o que garimparmos pelo mundo afora.

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*Alexandre Loures eFlávio Castrosão sócios da FSB Comunicação

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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