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O futuro do marketplace, segundo o marketing da Shopee

Aprenda a diferenciar o marketplace do e-commerce

Você sabe o que é um marketplace? (the_burtons/Getty Images)

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Publicado em 17 de maio de 2023 às 10h00.

Por Felipe Piringer*

Começo esse artigo com uma pergunta: você sabe o que é um marketplace? Parece uma pergunta simples, mas para podermos conversar sobre o futuro desse mercado, precisamos dar um passo para trás e entender a definição dessa palavra, que lemos todos os dias na imprensa. Há quem pense que o e-commerce e o marketplace sejam sinônimos, ou ainda que o marketplace é uma importadora de produtos. Mas já adianto: não é nada disso. A partir do entendimento desse universo, será possível diferenciar uma atividade da outra e compreender sua relevância para o consumidor e para o desenvolvimento do empreendedorismo digital.

Segundo um estudo da ABComm Forecast (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), a expectativa é que haja um crescimento estimado em R$ 185,7 bilhões para o varejo digital em 2023. Isso significa que o mercado se mantém aquecido, reforçando a preferência dos brasileiros pelo comércio eletrônico. Mas, quem compra online, compra por onde: e-commerce, marketplace ou importadoras?

O marketplace, que é a plataforma em que atuo, é um canal digital que se assemelha a um shopping, onde é possível comprar e/ou vender produtos. Ou seja, é uma ferramenta que reúne diversos vendedores e lojas, com diferentes ofertas e produtos disponíveis, para oferecer mais variedade (de itens e preços) para o consumidor final.  Já o e-commerce é uma loja online, que pode estar dentro, ou não, de um marketplace. Até existe marketplace que também vende seus próprios produtos, mas não é o caso da empresa da qual faço parte: aqui, realizamos apenas a conexão entre vendedores e consumidores locais e oferece suporte para empreendedores e marcas crescerem online.

Com esse modelo de atuação, o e-commerce vem crescendo e se tornou a preferência dos consumidores. Segundo a pesquisa Consumer Trends 2023, da Opinion Box, 73% consideram o preço mais acessível no e-commerce do que nas lojas físicas. Além disso, 72% afirmaram que o principal motivo para utilizar esse canal é a praticidade de poder comprar sem sair de casa, enquanto para 69% o ponto principal é ter promoções exclusivas que só encontram na internet. E quando os e-commerces estão reunidos no marketplace as condições ficam ainda mais atrativas.

O modelo de negócios das plataformas de marketplaces permite um espaço forte e seguro tanto para os lojistas como para os usuários, no caso da empresa em que atuo, existe uma garantia para receber o produto como o esperado ou o dinheiro de volta, por exemplo. Além disso, os usuários têm acesso a benefícios adicionais como cupons de descontos e de fretes grátis, cashback, diferentes opções de pagamento, entre outros.

É importante dizer que o ecossistema de empreendedorismo brasileiro foi bastante impulsionado pelos marketplaces. As vendas totais registradas no e-commerce brasileiro atingiram a marca de R$169,6 bilhões em 2022, de acordo com a ABComm, e revelam um crescimento de 5% em relação ao ano anterior. E não são só as grandes marcas que se beneficiam do comércio eletrônico, as PMEs do país também enxergam vantagens da venda de seus produtos nas plataformas online.

Quais são as tendências para o e-commerce?

Diante de tudo isso, avalio que o marketplace tem um futuro promissor. Com a tecnologia caminhando a passos largos, vemos soluções inovadoras sendo criadas a cada instante, garantindo o sucesso das plataformas. A gamificação não é uma novidade, mas continua sendo uma ferramenta essencial, que une entretenimento a experiência de compra de cada cliente.

O futuro também está no Live Commerce. Segundo a pesquisa Social Commerce 2.0 – Tendências de consumo nas redes sociais, recém-publicada pela Opinion Box, as vendas por transmissão ao vivo, o chamado Live Commerce, surgem como uma tendência de grande potencial, pois 28% dos brasileiros já são adeptos às compras por esse meio.

Esse instrumento de marketing amplamente utilizado é foco principal nos marketplaces. É possível abrir o app, assistir a live, ver e avaliar produtos e adicionar ao seu carrinho de compras sem deixar de assistir o vídeo ao vivo. O live commerce pode oferecer uma experiência de compra completa, na palma da mão. Da escolha do produto, demonstrações de uso até o pagamento. O cliente pode até mesmo tirar suas dúvidas em tempo real.

E não deve parar por aí. A criação de novos recursos e soluções tecnológicas devem deixar o marketplace cada vez mais próximo do seu consumidor, oferecendo uma experiência personalizada, sem exceção. A verdade é que os consumidores e os vendedores brasileiros vivenciam o marketplace, em uma economia digital cada vez mais sólida. O marketplace tem vida longa – com benefícios reservados para consumidor, empreendedor e grandes marcas.

*Felipe Piringer é responsável pelo marketing da Shopee

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