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O Edge Computing como impulsionador da evolução digital das indústrias

Tecnologia se apresenta como novo paradigma do processamento de dados em nuvem com redução de latência e consumo energético

Aproximadamente 90% das indústrias devem adotar totalmente o Edge Computing até 2022, aponta pesquisa. (Peshkova/Thinkstock)

Aproximadamente 90% das indústrias devem adotar totalmente o Edge Computing até 2022, aponta pesquisa. (Peshkova/Thinkstock)

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Publicado em 19 de novembro de 2021 às 19h12.

Por Rodrigo Guercio*

O conceito de Egde Computing vem ganhando espaço no mercado de tecnologia e se apresenta como um novo paradigma do processamento de dados em nuvem, deslocando informações de um lugar ao outro, com a redução de latência (tempo de resposta) e consumo energético. Veículos autônomos, pulseiras inteligentes para controle de rotina escolar, fábricas inteligentes e drones para controle de colheitas são alguns dos exemplos de inovações que poderão ser implantadas e otimizadas graças a essa tecnologia e sua ligação com a Internet das Coisas (IoT) e a rede 5G.

De acordo com uma pesquisa da Front & Sullivan, aproximadamente 90% das indústrias devem adotar totalmente o Edge Computing até 2022, colocando a computação de borda no patamar de ferramenta fundamental para o setor, devido a possibilidade de coleta de dados responsiva e forte segurança da informação, tudo isso com custos mais baixos para as companhias.

Segundo a consultoria global Grand View Research, o mercado de Multiacesso Edge Computing (MEC) irá alcançar US$ 43,4 bilhões até 2027, enquanto previsões do Gartner indicam que, até 2025, 75% dos dados empresariais serão processados pela computação de borda.

O lançamento do 5G é um agregador e permite o surgimento de novos aplicativos e experiências, quando combinado com a novas tecnologias de computação móvel de borda baseadas em hardwares especializados. A principal característica que fará essa união render bons resultados, são as reações de dispositivos que precisam acontecer em tempo real, como veículos autônomos e cidades inteligentes, por exemplo, que dependem da velocidade de processamento da computação de borda e da baixa latência do 5G. Ambas tecnologias oferecem vantagens imensas quando combinadas e dependem uma da outra para atingir o potencial máximo.

Em ascensão, a Internet das Coisas também é grande aliada neste cenário. Isso acontece porque, por meio dela e dos dispositivos conectados, é produzida e coletada uma infinidade de dados sobre atividades, equipamentos, casas e de linhas de produção das indústrias. Em 2020, o Business Insider conduziu uma pesquisa que demonstrou que, até 2027, existirá cerca de 40 bilhões de dispositivos desse tipo em atividade, levando o mercado de IoT crescer em média mais de US$ 2,4 trilhões por ano. Consequentemente, o tráfego de informações na nuvem aumentará exponencialmente.

A Indústria 4.0, por exemplo, pode ser beneficiada implantando processos mais inteligentes. Utilizando a análise de todos os dados gerados pelo maquinário de uma fábrica, é possível aumentar a eficiência, qualidade e até sustentabilidade, melhorando a interação em máquinas e humanos, prevenindo acidentes e minimizando perdas e danos.

É neste cenário que o Edge Computing atua como uma solução para sanar problemas de lentidão, que serão mais comuns com o avanço da IoT, evitando colapsos nos sistemas com processamento de dados mais ágil e segurança, ajudando a impulsionar a evolução da digitalização das indústrias, sendo considerado como vantagem competitiva e entrega de valor por parte das empresas.

*Rodrigo Guercio é vice-presidente de Mercado Corporativo na Positivo Tecnologia

 

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