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Mulheres chegaram para ficar no mercado de cibersegurança no Brasil

Levantamento da HackerSec aponta que nos últimos três anos triplicou o número de mulheres matriculadas em cursos de tecnologia

Setor que ainda é predominantemente comandado por homens indica um aumento no número de mulheres (Alistair Berg/Getty Images)

Setor que ainda é predominantemente comandado por homens indica um aumento no número de mulheres (Alistair Berg/Getty Images)

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Publicado em 31 de janeiro de 2022 às 17h33.

Última atualização em 31 de janeiro de 2022 às 17h51.

O mercado de TI e cibersegurança tem crescido consideravelmente nos últimos anos. Com isso, diante do aumento nas oportunidades de trabalho disponibilizadas, o setor que ainda é predominantemente comandado por homens indica, para este ano, um aumento no número de mulheres, inclusive em cargos de liderança.

Segundo o Cybersecurity Workforce Research 2019, realizado pelo (ISC), 24% da comunidade de TI é composta de mão de obra feminina. Isso representa mais do que o dobro, em comparação com os dados de 2017, em que esse número era de apenas 11%. Há um movimento cada vez mais significativo para igualdade nas condições de trabalho e uma mão de obra mais diversificada.

Para Andrew Martinez, CEO da HackerSec, empresa de cibersegurança, ter mais mulheres na área de cibersegurança auxilia tanto as empresas como o setor a preencher o tão temido apagão de talentos.

“É possível visualizar uma corrida para nivelar a disparidade de gênero no segmento por várias razões. Observamos que as profissionais de cibersegurança possuem mais chances de alcançarem posições de liderança”, afirma o executivo.

Este cenário já pode ser observado na procura por capacitação das profissionais de tecnologia. De acordo com um levantamento realizado pela HackerSec, o número de mulheres que buscaram os cursos de cibersegurança triplicou nos últimos três anos. “Atualmente, temos cerca de 28% de alunas, ante os 5% que víamos matriculadas respectivamente em 2019 e 2020. A estimativa para esse ano é de alcançarmos mais de 35% de inscrições do público feminino”, diz Andrew.

E este cenário reflete na presença de mulheres que já atuam no setor. De acordo com o executivo, cerca de 55% dessas alunas já saem do curso empregadas, o que, aos poucos, vai corrigindo a lacuna de gênero no mercado de cibersegurança. No entanto, segundo o CEO, alguns problemas estruturais precisam ser debatidos urgentemente.

“Aproximadamente, 51% das mulheres na segurança cibernética já enfrentaram alguma forma de discriminação ou assédio. Além disso, relatam dificuldade para entrar no mercado de trabalho e ainda lutam pela equidade de salário”, declara Andrew.

Para minimizar a disparidade, a startup tem direcionado anúncios, posts e artigos específicos para as mulheres por meio das redes sociais, com o propósito de estimular a procura feminina pelo trabalho com segurança tecnológica. Segundo Martinez, mulheres interessadas em capacitação não são suficientes para mudar este cenário, é essencial que o mercado olhe para essa disparidade e, consequentemente, desenvolva estratégias para acelerar a igualdade de gênero no setor.

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