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Melhor empreender no campo ou na cidade? Conheça jovens da Bahia que escolheram a primeira opção

Escassez de mão de obra na agricultura de regiões rurais da Bahia está sendo resolvida com oferta de educação de qualidade da Fundação Norberto Odebrecht

Jovens estudantes beneficiários da Fundação Norberto Odebrecht (Fundação Norberto Odebrecht/Divulgação)

Jovens estudantes beneficiários da Fundação Norberto Odebrecht (Fundação Norberto Odebrecht/Divulgação)

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Publicado em 18 de julho de 2024 às 15h00.

Última atualização em 18 de julho de 2024 às 17h59.

“Se os jovens continuarem indo embora do campo, como é que vai ficar a agricultura?. Essa é uma preocupação de Ana Mirela Silva da Conceição, estudante de 17 anos que é filha de camponeses do município de Taperoá, na Bahia. 

A fala da jovem é reflexo do êxodo rural brasileiro, motivado pelo desejo de melhores condições de vida, pela busca por educação de qualidade e que, há muito tempo, tem provocado escassez de mão de obra nas regiões rurais.

Para jovens como Ana Mirela, que desejam continuar o trabalho dos pais na agricultura, a solução se encontra em projetos como a Casa Familiar Agroflorestal (CFAF)

Três Casas Familiares Rurais, instituições de Ensino Médio integrado ao técnico, executam o Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade (PDCIS), coordenado pela Fundação Norberto Odebrecht, e que tem o objetivo de promover o desenvolvimento territorial sustentável. Mais de 650 mil pessoas foram impactadas em mais de 20 anos do programa no Baixo Sul da Bahia. 

A estudante Ana Mirela Silva da Conceição (Fundação Norberto Odebrecht/Divulgação)

Por que os jovens estão deixando o campo?

Para você ter uma ideia, nos anos 1960, a população rural representava 54% do total nacional. Em 2022, esse percentual caiu para 13,6%, segundo o IBGE

A educação é um dos fatores principais para essa migração. Em 2023, apenas 17,2% da população rural concluiu o Ensino Médio, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

Ana Mirela ouvia desde criança que não era possível ter acesso a uma boa educação e qualidade de vida no campo. Ela ingressou na CFAF do Baixo Sul da Bahia para mudar essa realidade. 

“Observei que por meu pai não ter tido acesso ao ensino que recebo, não conseguiu alcançar a produtividade que hoje tenho nos meus cultivos e que gera renda. Quero me qualificar cada vez mais na área”, conta.

Impulsionando o empreendedorismo e permanência no campo

A profissionalização dos jovens em cursos de formação técnica que dialogam com a realidade no campo se mostra eficaz para estimular a permanência em suas regiões de origem.

A Pesquisa de Beneficiários do PDCIS de 2023 mostrou que, entre os alunos ativos das Casas Familiares, localizadas em Presidente Tancredo Neves, Nilo Peçanha e Igrapiúna, 76% não têm intenção de sair do campo

“É perceptível como a entrada nessas instituições mudou a visão de futuro dos estudantes. Muitos, agora, manifestam a vontade de continuar desenvolvendo um belíssimo trabalho com suas famílias", conta Andreia Santos Soares, mãe de Gabriel Soares, aluno da Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves (CFR-PTN)

  • Nas  Nas Casas Familiares,  94,4% dos alunos declararam ter acesso à internet 
  • 57% já utilizaram tecnologias na agricultura. 

Para Wendrio Souza Santana, aluno da CFR-PTN, as soluções tecnológicas que a instituição oferta fazem com que a experiência na produção rural seja outra: “Medição de área com a utilização de GPS, cálculo de adubação e calagem, análise de solo, livro-caixa. Todas essas ferramentas são excelentes para a administração da minha propriedade”, afirma.

Ana Mirela garante que só sairia do campo se tivesse garantia de volta: “Tenho vontade de fazer faculdade de Agronomia, mas quero voltar para a minha comunidade e me manter na agricultura”, conclui.

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