Mauro Wainstock: envelhecer não é para amadores
Independentemente da nossa idade envelhecemos todos os dias, mas isso não significa ficarmos velhos
Bússola
Publicado em 7 de fevereiro de 2022 às 13h51.
Última atualização em 7 de fevereiro de 2022 às 14h05.
Por Mauro Wainstock*
Em primeiro lugar, é importante lembrar que, independentemente da nossa idade, envelhecemos todos os dias.
Ou não.
De acordo com Henry Ford, “qualquer um que parar de aprender é velho, seja aos 20 ou aos 80 anos”.
Portanto, se nossa idade cronológica é crescente, a vida também deve ser. Ela acontece ao vivo, a cores e sem replay. Podemos “ser” quando quisermos.
Podemos ser velhos com qualquer idade ou envelhecer o tempo todo.
E você, prefere ficar velho ou quer envelhecer?
Envelhecemos quando temos mais perguntas do que respostas.
Somos velhos quando não temos mais o que questionar.
Envelhecemos quando estamos dispostos a ouvir.
Somos velhos quando a ânsia de falar não nos permite escutar.
Envelhecemos quando transmitimos a nossa sabedoria.
Somos velhos quando somos egoístas neste compartilhamento.
Envelhecemos quando a nossa curiosidade gera mais curiosidade.
Somos velhos quando limitamos o nosso saber.
Envelhecemos quando nos abrimos para abraçar alternativas.
Somos velhos quando ficamos engessados nas antigas opções.
Envelhecemos quando temos a disposição de reaprender.
Somos velhos quando enxergamos apenas o que esperamos ou desejamos ver.
Envelhecemos quando assumimos a nossa responsabilidade.
Somos velhos quando simplesmente culpamos algo ou alguém.
Envelhecemos quando somos agentes ativos e positivos da transformação.
Somos velhos quando consideramos que são apenas os outros que precisam mudar ou atuar.
Envelhecemos quando deixamos o “nunca” de lado.
Somos velhos quando o “nunca” está sempre do nosso lado.
Envelhecemos quando conjugamos o plural.
Somos velhos quando ficamos absortos no singular.
Envelhecemos quando agimos com humildade e respeito.
Somos velhos quando deixamos o ego socializar e prejulgar.
Envelhecemos quando viralizamos felicidade.
Somos velhos quando replicamos o negativo.
Envelhecemos quando nos desafiamos.
Somos velhos quando nos sabotamos.
Envelhecemos quando tornamos nossas vivências do dia a dia memoráveis.
Somos velhos quando nossos atos diários não geram aprendizados ou sorrisos.
Envelhecemos quando exercitamos o autoconhecimento.
Somos velhos quando desistimos de nos conhecer.
Envelhecemos quando nos auto superamos.
Somos velhos quando nos comparamos.
Envelhecemos quando voamos.
Somos velhos quando duvidamos que temos asas.
Envelhecemos quando inspiramos e impactamos.
Somos velhos quando este legado é exclusivamente material.
Envelhecemos quando sonhamos acordados.
Somos velhos quando dormimos depois de sonhar.
Envelhecemos quando experimentamos.
Somos velhos quando achamos que viver é um risco.
Envelhecemos quando aplicamos e transmitimos a nossa valiosa experiência.
Somos velhos quando achamos que ela não é tão importante assim.
Envelhecemos quando nos damos a oportunidade de cometer novos erros.
Somos velhos quando passamos a acreditar que os antigos erros já foram suficientes.
Envelhecemos quando elaboramos planos.
Somos velhos quando ficamos apenas nos planos.
Envelhecemos quando esquecemos a nossa idade.
Somos velhos quando usamos como desculpa a nossa idade.
Envelhecemos quando valorizamos o envelhecimento.
Somos velhos quando consideramos que estamos velhos.
Será que só vamos entender a importância de envelhecer quando ficarmos velhos e, aí sim, quisermos envelhecer?
Eu quero continuar envelhecendo todos os dias.
Mas não pretendo ficar velho.
E você?
* Mauro Wainstock tem 30 anos de experiência em comunicação. Foi nomeado LinkedIn Top Voice e atua como mentor de executivos sobre marca profissional. É sócio-fundador do HUB 40+, consultoria empresarial focada no público acima dos 40 anos.
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