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Mauro Wainstock: envelhecer não é para amadores

Independentemente da nossa idade envelhecemos todos os dias, mas isso não significa ficarmos velhos

Podemos ser velhos com qualquer idade ou envelhecer o tempo todo; e você, prefere ficar velho ou quer envelhecer? (Westend61/Getty Images)

Podemos ser velhos com qualquer idade ou envelhecer o tempo todo; e você, prefere ficar velho ou quer envelhecer? (Westend61/Getty Images)

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Publicado em 7 de fevereiro de 2022 às 13h51.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2022 às 14h05.

Por Mauro Wainstock*

Em primeiro lugar, é importante lembrar que, independentemente da nossa idade, envelhecemos todos os dias.

Ou não.

De acordo com Henry Ford, “qualquer um que parar de aprender é velho, seja aos 20 ou aos 80 anos”.

Portanto, se nossa idade cronológica é crescente, a vida também deve ser. Ela acontece ao vivo, a cores e sem replay. Podemos “ser” quando quisermos.

Podemos ser velhos com qualquer idade ou envelhecer o tempo todo.

E você, prefere ficar velho ou quer envelhecer?

Envelhecemos quando temos mais perguntas do que respostas.

Somos velhos quando não temos mais o que questionar.

Envelhecemos quando estamos dispostos a ouvir.

Somos velhos quando a ânsia de falar não nos permite escutar.

Envelhecemos quando transmitimos a nossa sabedoria.

Somos velhos quando somos egoístas neste compartilhamento.

Envelhecemos quando a nossa curiosidade gera mais curiosidade.

Somos velhos quando limitamos o nosso saber.

Envelhecemos quando nos abrimos para abraçar alternativas.

Somos velhos quando ficamos engessados nas antigas opções.

Envelhecemos quando temos a disposição de reaprender.

Somos velhos quando enxergamos apenas o que esperamos ou desejamos ver.

Envelhecemos quando assumimos a nossa responsabilidade.

Somos velhos quando simplesmente culpamos algo ou alguém.

Envelhecemos quando somos agentes ativos e positivos da transformação.

Somos velhos quando consideramos que são apenas os outros que precisam mudar ou atuar.

Envelhecemos quando deixamos o “nunca” de lado.

Somos velhos quando o “nunca” está sempre do nosso lado.

Envelhecemos quando conjugamos o plural.

Somos velhos quando ficamos absortos no singular.

Envelhecemos quando agimos com humildade e respeito.

Somos velhos quando deixamos o ego socializar e prejulgar.

Envelhecemos quando viralizamos felicidade.

Somos velhos quando replicamos o negativo.

Envelhecemos quando nos desafiamos.

Somos velhos quando nos sabotamos.

Envelhecemos quando tornamos nossas vivências do dia a dia memoráveis.

Somos velhos quando nossos atos diários não geram aprendizados ou sorrisos.

Envelhecemos quando exercitamos o autoconhecimento.

Somos velhos quando desistimos de nos conhecer.

Envelhecemos quando nos auto superamos.

Somos velhos quando nos comparamos.

Envelhecemos quando voamos.

Somos velhos quando duvidamos que temos asas.

Envelhecemos quando inspiramos e impactamos.

Somos velhos quando este legado é exclusivamente material.

Envelhecemos quando sonhamos acordados.

Somos velhos quando dormimos depois de sonhar.

Envelhecemos quando experimentamos.

Somos velhos quando achamos que viver é um risco.

Envelhecemos quando aplicamos e transmitimos a nossa valiosa experiência.

Somos velhos quando achamos que ela não é tão importante assim.

Envelhecemos quando nos damos a oportunidade de cometer novos erros.

Somos velhos quando passamos a acreditar que os antigos erros já foram suficientes.

Envelhecemos quando elaboramos planos.

Somos velhos quando ficamos apenas nos planos.

Envelhecemos quando esquecemos a nossa idade.

Somos velhos quando usamos como desculpa a nossa idade.

Envelhecemos quando valorizamos o envelhecimento.

Somos velhos quando consideramos que estamos velhos.

Será que só vamos entender a importância de envelhecer quando ficarmos velhos e, aí sim, quisermos envelhecer?

Eu quero continuar envelhecendo todos os dias.

Mas não pretendo ficar velho.

E você?

*Mauro Wainstock tem 30 anos de experiência em comunicação. Foi nomeado LinkedIn Top Voice e atua como mentor de executivos sobre marca profissional. É sócio-fundador do HUB 40+, consultoria empresarial focada no público acima dos 40 anos.

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