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Mauro Wainstock: carta aberta para a Vida

“Réveillon” deriva do verbo “réveiller”, que significa “acordar”; assim que eu soube deste significado, resolvi fazer algumas reflexões

Vida: feliz ano todo! Que você possa espalhar saúde, multiplicar solidariedade, compartilhar sorrisos e viralizar felicidade (Acervo/Fundação Grupo Boticário/Divulgação)
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Bússola

Publicado em 3 de janeiro de 2022 às 13h40.

Última atualização em 3 de janeiro de 2022 às 15h03.

Por Mauro Wainstock*

Querida Vida:

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Acabamos de iniciar mais um ano.

Não sei se você sabe, mas a palavra “Réveillon” tem origem francesa. Trata-se de uma derivação do verbo “réveiller”, que significa “acordar”.

Assim que eu soube desse significado, resolvi fazer algumas reflexões. E despertar.

Vou te contar os bastidores do meu Réveillon.

O primeiro passo foi fazer uma faxina geral.

Resgatei projetos engavetados, recordei sonhos adormecidos, reativei contatos arquivados. Eliminei o dispensável e defini o que realmente importa para mim.

O segundo passo foi não seguir os conselhos dos palpiteiros de ano novo (que se proliferam como “gremlins” nesta época...), que sugerem iniciar 2022 de forma unicolor.

O ano não deve passar em branco. Como cada uma das cores possui benefícios próprios, optei pela diversidade para ter um 2022 muito mais colorido, criativo e vibrante do que aquele visual historicamente comum, repetitivo e monocromático.

Querida Vida:

Não aceito o “mais do mesmo”, seja no visual, seja nos pensamentos, nos clichês e em ações que, apesar de serem inadmissíveis em termos públicos, ainda são invisivelmente reais. Estou à procura do respeito mútuo, da humanização, da convivência harmônica, genuína, colaborativa e agregadora.

Mas, para você não dizer que quero inovar demais... comi lentilha. É verdade!

Terei sorte? Não sei o que você pensa, mas estou confiante de que se eu me esforçar, focar, conseguir demonstrar o meu talento e as minhas softs skills, estar aberto ao novo e tentar aprender com tudo e com todos, tudo isto me trará muita “sorte”.

Outra dica tradicional é para não comermos peru ou frango porque ciscam para trás.

Aqui entre nós, Vida, você acredita que a culpa de alguns não estarem progredindo, apesar de terem enorme potencial, é exclusivamente das aves que ingerimos no Réveillon? Acho que eles devem parar de terceirizar responsabilidades e assumir o protagonismo de suas vidas. Concorda?

Querida Vida:

Ouvi dizer que uva e romã são obrigatórias.

Desculpe, mas, para mim, indispensável mesmo é o chocolate.

Pequenos prazeres sinceros no nosso cotidiano renovam o nosso astral, trazem equilíbrio, a sensação de bem-estar e muito mais doçura ao dia a dia.

Champanhe, claro, não poderia faltar.

Remete à gratidão, à alegria e às conquistas — que devem ser constantemente celebradas.

Não apenas no período entre o Natal e o ano novo, mas todos os dias também entre o ano novo e o Natal.

Use e abuse! Dos agradecimentos, da descontração e dos amigos — mas não do álcool.

Querida Vida:

Você deve estar se perguntando... e as promessas?

Vou te confidenciar: este ano não fiz.

Ao invés de elaborar metas, e esquecê-las no fundo de algum baú, prometi analisar as ações que realizei no ano anterior: que legado consegui deixar, que impactos positivos propiciei, que insights estimulei e quantas pessoas ajudei a crescer, entre outras métricas que passei a adotar.

Geralmente, as frases sobre o ano novo estão associadas à “reinvenção”.

Ela não deve ser apenas um chavão corporativamente utilizado ou mais uma palavra para constar nos infinitos desejos para 2022 da nossa lista de ficção, mas ser um estímulo poderoso para nos atualizar e evoluir.

E siga a recomendação de Leonardo DiCaprio: sempre “olhe para cima”!

Devemos ter humildade para nos inspirar, bom senso para discernir e vontade para agir.

Vida: feliz ano todo! Que você possa espalhar saúde, multiplicar solidariedade, compartilhar sorrisos, viralizar felicidade e continuar fazendo acontecer!

Beijos do seu eterno fã.

* Mauro Wainstock tem 30 anos de experiência em comunicação. Foi nomeado LinkedIn Top Voice e atua como mentor de executivos sobre marca profissional. É sócio-fundador do HUB 40+, consultoria empresarial focada no público acima dos 40 anos.

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