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Limites da politicagem

Coluna de Alon Feuerwerker analisa como a corrida pela vacina contra o coronavírus transformou-se em disputa política no Brasil

Vacina desenvolvida na China contra a covid-19: (China Daily/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de outubro de 2020 às 21h01.

Por Alon Feuerwerker*

E mais esta. Agora corre-se o risco de abrir-se um período de disputa entre entes federados sobre qual vacina vai ter dinheiro e qual não vai. Há um único critério razoável: a primeira vacina que se mostrar eficaz e disponível deverá ser colocada à disposição do público.

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Mas no Brasil é tudo mais complicado.

Especialmente num período em que todo e qualquer assunto é capturado pela disputa político-eleitoral. Seria ingenuidade imaginar que um tema tão delicado pudesse escapar da natural polarização. Mas seria também desejável que os políticos procurassem ao menos disfarçar.

O tema da vacina é complexo. Não se sabe ainda com certeza qual a efetividade de cada uma das inúmeras em desenvolvimento. Não se sabe ainda quantas estarão disponíveis, e quando. E a volta a alguma normalidade depende, infelizmente, de haver uma vacina eficaz.

O Brasil já paga alto preço pela descoordenação observada de março para cá no enfrentamento da pandemia. Os números estão aí. Será lamentável se o problema se repetir num ponto tão vital e estratégico quando a vacinação contra o SARS-CoV-2.

* Analista político da FSB Comunicação

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